Diarinho Titulo
Grandes companheiros
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
09/08/2009 | 07:07
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Ricardo Trida/DGABC


O que é mais legal do que ter a companhia do pai? Claro que é brincar! Hoje em dia tem uma galerinha que, além de dividir os brinquedos com irmãos e amigos, compartilha o game favorito ou a bola com o pai. E tem mais! Há quem se divirta com carrinhos, autorama e bonequinhos da época em que o grandão era criança.

Gustavo Marzari Rodrigues, 5 anos, de São Bernardo, herdou do pai uma coleção de carrinhos em miniatura, tipo Hot Wheels. Eles também brincam muito de videogame, futebol e carrinho de controle remoto. "A gente faz campeonato de tudo. Sempre ganho do meu pai", garante.

André Marzari Rodrigues, 28, acredita que as brincadeiras são ótimas oportunidades para que os dois fiquem mais unidos. "Sempre que tenho folga, ficamos juntos. Quando era pequeno, tinha muitos carrinhos de controle remoto. Agora, às vezes, brinco mais do que o Gustavo", afirma.

Na casa de Giovany Monteiro, 4, de Santo André, o jogo da memória só sai da caixinha quando o pai chega do trabalho. Mas a diversão não fica por aí; eles também brincam de carrinho e de uma modalidade diferente, o futebol de pantufa (para não riscar o chão!). "Gosto de dividir o dominó. Ele me ensinou a jogar", diz. Na opinião do pai, Sérgio Luiz Monteiro, 41, não há nada melhor do que se divertir com os filhos. "Você chega estressado do trabalho e isso renova as energias."

É supersaudável dividir brinquedos com os pais, segundo Laila Pincelli, psicóloga especialista em terapia familiar. "Ajuda a fortalecer o vínculo entre eles. Os filhos se sentem fazendo parte da vida dos pais", explica.

Cada um curte o seu

Se tem quem divide, há também aquele que não dá a menor bola para o brinquedo que o pai mais curte, como Vinícius Marchi Pansica, 7 anos, de São Bernardo. O pai dele, Humberto Rogers Pansica, 36, pratica aeromodelismo desde garoto. Já chegou a ter 22 modelos em casa. Apesar disso, Vinícius prefere se divertir com carrinhos e jogos de computador.

Diferentemente do caçula, o irmão Victor, 12, se interessa pelo hobby do pai desde quando era bem pequeno e, hoje, o acompanha aos eventos de aeromodelismo. "O aeromodelo é uma coisa que a gente divide quase todo fim de semana. Sábado e domingo, brincamos juntos. Quando Vinícius vai junto, em pouco tempo começa a pedir para voltar pra casa", diz Victor.

Pai pode brincar mais depois que cresce

Alguns pais aproveitam a vida adulta para brincar bastante, principalmente os que não tiveram muitas oportunidades na infância. Marcelo Leduino, 38, de Diadema, lembra que naquela época a maioria das crianças só ganhava brinquedo em data especial.

Atualmente, é dono de coleção de 3.700 carrinhos em miniatura, mas precisou se esforçar bastante para isso. "Ganhava um carrinho no aniversário e outro no Natal. Antigamente, era muito caro. Hoje, é mais fácil, você encontra em quase todos os lugares", explica.

E é verdade. É possível comprá-los em supermercados, por exemplo, e custam menos do que um Mc Lanche Feliz. No passado, eram encontrados apenas em algumas lojas de brinquedos que os importavam, por isso, eram tão caros.

O enteado de Marcelo, Gustavo Traçatto, 7, diz que foi influenciado pela paixão do ‘pai número 2', e já possui cerca de 70 carrinhos. Os dois passam bastante tempo juntos, cuidando e procurando novas peças para a coleção.

"Tomo bastante cuidado com os carrinhos", afirma Gustavo, que os guarda em uma prateleira especial. "Quero ter mais modelos do que ele", garante. Quanto tempo será que o garoto vai precisar para superá-lo?

O antigo é divertido

Leonardo Della Paschoa Palmieri, 5, de São Bernardo, tem a sorte de, além dos próprios brinquedos, brincar com os que foram do pai. Sandro Palmieri, 36, conservou seus preferidos, como carrinhos de controle remoto e o autorama, que nem é fabricado mais. "Sempre fui cuidadoso. Desde pequeno, falava pra minha mãe que ia guardar para dar ao meu filho", afirma. "A gente acaba lembrando da infância."

Leonardo se diverte com os brinquedos antigos. "São muito legais. O autorama é meu preferido", diz. Quando crescer, o garoto quer fazer o mesmo com seus filhos. Mas a diversão não para por aí. Os dois também curtem assistir aos filmes que fizeram sucesso na época em que Sandro era criança, como De Volta para o Futuro e Star Wars. 




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