O crime aconteceu no apartamento de Breno, no Edifício Catarina Paraguaçu, no bairro da Graça, em Salvador. Com sinais de desequilíbrio mental, o psiquiatra se automedicava com quatro tranqüilizantes. Ele morava sozinho havia um ano, após ter se separado da mulher.

O advogado, preocupado com as crises do filho, procurou o delegado Ruy da Paz, da 1ª Delegacia de Polícia da capital baiana, comunicando que Breno poderia ferir alguém, pois costumava andar armado.

Breno foi procurado por policiais em casa e no trabalho, mas não foi encontrado. O advogado, então, foi à casa do filho com o amigo Diógenes Santos Lopes para tentar convencê-lo ao se internar em uma clínica. No entanto, ao abrir a porta, o psiquiatra disparou contra os dois. Auto recebeu cinco tiros no peito e Diógenes um no abdôme.

Mesmo ferido, Diógenes fugiu do local e chamou a polícia. Breno se trancou no apartamento, mas após algum tempo conversando com os policiais decidiu se entregar.

De acordo coma delegada Maria Dail de Sá Barreto, da 14ª Delegacia, que apura o caso, Breno disse apenas que matou o pai porque ele constantemente o chamava de "desequilibrado e impotente". Orientado pelo advogado, o acusado permaneceu calado o restante do tempo. A delegada deve sugerir no inquérito que Breno seja examinado por uma junta médica para avaliar sua sanidade mental.