Segundo o consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Maurício Morgado, há outros benefícios. “A pessoa recebe treinamento e uma marca já formada. Não precisa levar tempo para se tornar conhecido no mercado nem gastar para desenvolver um logotipo próprio, por exemplo.”

O suporte da rede e o nome conhecido são fatores que podem ajudar o comerciante. “Ser uma franquia é um facilitador, embora não haja a princípio uma diferença de relacionamento e tratamento em relação a outras lojas”, disse o superintendente do Shopping Metrópole, de São Bernardo, Dirceu Benith Júnior.

Para o superintendente, existe a facilidade, pelo fato de muitas vezes o shopping já conhecer o padrão e o nome da companhia detentora da marca e porque o franqueador já fez uma análise do perfil do franqueado. “Além disso, o franqueador costuma acompanhar o franqueado na negociação do ponto.”

Com essas vantagens, muitos comerciantes se sentem mais seguros em apostar suas fichas e seu capital nesse sistema. É o caso de Alcino Agostini Filho, franqueado da Brasileira Express. Ex-empresário do ramo metalúrgico, ele queria aplicar seus investimentos em uma atividade comercial.

Agostini Filho optou por montar uma cafeteria Brasileira Express, marca da Padaria Brasileira, de Santo André. Sua loja, no bairro Jardim, no mesmo município, foi inaugurada há dois meses e ele não tem queixas. “Tudo gira em torno da marca, que é regionalmente conhecida e tem um padrão de qualidade excelente. No primeiro mês tivemos média de 50 pessoas por dia e agora já chega a 120”, disse.

Desvantagens – Mas nem tudo são facilidades. Na avaliação do consultor do Senac, se o lojista gostar de inovar e de buscar novos caminhos para seu negócio, poderá se sentir tolhido. “Porque ele terá de se enquadrar no padrão da rede.” Além disso, segundo Morgado, as franquias não são baratas, mesmo porque o risco de o empresário ser mal-sucedido é menor do que em lojas independentes.

Morgado afirma que é importante que o empresário interessado em ter um estabelecimento de rede se informe bem sobre a empresa, o suporte que receberá e se o mercado não está saturado onde pretende se instalar. “É básico também conversar com outros associados. Não se pode levar em conta apenas a palavra do franqueador”, disse. Ele acrescentou que deve-se acompanhar o dia-a-dia da atividade antes de assinar o contrato, para saber se é isso mesmo que se quer.