Pelo menos 27 militantes morreram neste sábado em um suposto ataque com míssil dos Estados Unidos na região tribal paquistanesa que serve de refúgio para os talibãs, anunciaram autoridades do governo do Paquistão.

"O balanço do ataque chega a 27 mortos", afirmou uma fonte. O balanço anterior era de 20 mortos. A maioria das vítimas era de combatentes estrangeiros da Al-Qaeda. 

O ataque com míssil teve como objetivo um campo de treinamento do líder do Movimento dos Talibãs do Paquistão, Baitullah Mehsud, situado na cidade de Ladha, no distrito do Waziristão Sul, segundo fontes dos serviços de segurança. Ele não estava no local no momento do ataque, acrescentaram.

Mehsud, ligado a Al-Qaeda, é acusado de ter planejado o assassinato da ex-premier paquistanesa Benazir Bhutto em 2007.

Nesta região, o Exército americano e a CIA, que operam no Afeganistão, são os únicos que possuem aviões espiões sem pilotos.

Os disparos de mísseis se tornaram frequentes nos últimos meses nas zonas tribais. O Paquistão protesta publicamente a cada vez, mas tanto a imprensa americana como a paquistanesa destacam que existe um acordo tático entre Washington e Islamabad que autoriza os ataques.

Pressionado pelos Estados Unidos, o Paquistão, aliado chave de Washington desde o fim 2001 na "guerra contra o terrorismo", começou a mobilizar seu Exército em grandes ofensivas contra vários distritos das zonas tribais.

O incidente aconteceu um dia depois do enviado do governo de Barack Obama para o Afeganistão e Paquistão, Richard Holbrooke, ter deixado o país, após reuniões com o comando militar.