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Conselho de Segurança se reúne para definir papel da ONU no Iraque
Da AFP
11/09/2003 | 17:17
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O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, reunirá neste sábado, às 14h00 locais (9h00 de Brasília), em Genebra, os chefes da diplomacia das cinco grandes potências com assento permanente no Conselho de Segurança (China, EUA, França, Grã-Bretanha e Rússia) para tentar definir o papel da ONU no Iraque depois do final da guerra.

A adoção de um projeto de resolução apresentado por Washington ao Conselho de Segurança, que propõe a criação de uma força multinacional no Iraque sob o mandato da ONU, depende das respostas para as questões que serão debatidas em Genebra. A França, Alemanha e Rússia já propuseram reformas ao texto americano.

As opiniões são muito diferentes dos dois lados do Atlântico. Depois de desprezar a ONU e executar uma ofensiva contra Saddam Hussein sem um mandato explícito da organização, os Estados Unidos perceberam que a situação é mais difícil do que imaginavam. Agora, o governo do presidente George W. Bush deseja que a comunidade internacional compartilhe os gastos de dezenas de milhões de dólares e envie militares para o Iraque, numa missão de auxílio aos 130.000 soldados americanos que estão no país.

Porém, Paris, Moscou e Pequim, que não concordaram com a guerra, assim como Berlim, membro não permanente do Conselho de Segurança, querem que a ONU assuma o comando do processo de reconstrução do país e desejam dar mais velocidade à transferência de poder aos iraquianos.

Aliada de Washington na guerra, a Grã-Bretanha anunciou o envio ao Iraque de uma tropa de reforço de mil soldados, que se somarão aos 10.620 militares britânicos que integram a coalizão liderada pelos Estados Unidos.

"O encontro de sábado será apenas uma etapa da negociação, que continuará em Nova York", declarou uma fonte da ONU. No entanto, Annan pretende atuar como mediador entre as cinco potências, sem aderir à posição de nenhuma delas. "O secretário-geral ressaltará, sobretudo, a necessidade de garantir a segurança dos funcionários da ONU no Iraque", acrescentou a fonte.

Depois do atentado do último dia 19 contra a sede das Nações Unidas em Bagdá, que custou a vida do Alto Comissário para os Direitos Humanos e representante especial da ONU no Iraque, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, agências humanitárias e ONGs retiraram seus funcionários da região.




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