Termina nesta quinta-feira a greve dos professores e funcionários das universidades estaduais, mas aulas devem ser retomadas apenas na segunda-feira. O Fórum das Seis, que reúne sindicatos das três universidades, decidiu aceitar na quarta o índice de reposição salarial de 4,18% proposto pelo Cruesp (Conselho de Reitores das universidades estaduais paulistas), a ser aplicado em maio (2%), data-base da categoria, e agosto (2,14%), desde que sejam observadas certas exigências. A paralisação durou 63 dias.

Funcionários da USP realizaram assembléia para aprovar o fim da greve na noite passada, mesma decisão tomada pelos professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) nesta quinta à tarde.

O calendário universitário, que exige 200 dias de aula, terá de ser refeito. Por isso, os professores estudam, nesta quinta e sexta-feira, como refazer o planejamento de aulas. Durante as negociações, os professores se comprometeram a repor as aulas, o que garantirá o não desconto dos dias parados.

No entanto, segundo o diretor do sindicato da categoria, Magno de Carvalho, os funcionários esperam uma garantia formal da reitoria de que não haverá punições aos grevistas, como alguns diretores de faculdades anunciaram.

Em agosto, uma nova reunião será realizada entre o Fórum das Seis e o Cruesp para decidir sobre o restante dos itens da pauta de negociações, entre eles, a reforma universitária e o aumento de vagas.