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CVM apura irregularidades na compra do Grupo Ipiranga
Do Diário OnLine
19/03/2007 | 20:37
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A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) apura o suposto uso de informações privilegiadas na compra do Grupo Ipiranga, adquirida nesta segunda-feira pela Petrobras, a Braskem e o Grupo Ultra, numa transação de cerca de US$ 4 bilhões.

Está sob investigação da CVM a oscilação de preços das ações da Ipiranga, que chegaram a subir 4,1% na última sexta-feira, quando surgiram os boatos sobre a venda. Segundo Marcelo Marques, chefe de gabinete da entidade, a autarquia questiona se houve vazamento de informação, o que no jargão do mercado é conhecido como “informação privilegiada”.

Uma informação dessa natureza costuma resultar em ganhos para determinadas pessoas em detrimento de outras. “Nós estamos recolhendo os dados e está sendo investigado”, assinalou. Caso fique comprovado o vazamento de informação, as pessoas envolvidas estão sujeitas a penalidades.

“Em princípio, é uma multa acima do valor que ela obteve como lucro”, afirmou. Como exemplo, Marques citou o caso ocorrido na SEC (Security Exchange Comission) – a CVM dos Estados Unidos –, onde um ex-administrador da Sadia utilizou-se de informação privilegiada na compra da Perdigão. A SEC calculou o lucro dele na operação em mais de US$ 100 mil e aplicou multa equivalente ao dobro do preço.

Em relação à venda do grupo Ipiranga para outros investidores brasileiros, a CVM não faz, em princípio, nenhuma objeção, segundo Marcelo Marques. O grupo era controlado até hoje por cinco famílias (Gouvea Vieira, Tellechea, Ormazabaal, Matos e Aguiar) e completaria, em setembro, 70 anos de fundação.




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