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Banco Mundial amplia capital após duas décadas
26/04/2010 | 07:02
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Acordo entre os 186 integrantes do Banco Mundial resultou, ontem, na primeira grande ampliação de capital da instituição em duas décadas. A decisão surge depois uma semana de duras negociações entre representantes dos países. Outro importante resultado das conversas é o fato de os países emergentes receberem maior poder de voto.

Com o acordo, aumenta também o capital real em US$ 5,1 bilhões no Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento), principal braço do Banco Mundial para empréstimos. Desse montante, US$ 1,6 bilhão provém de mudanças acionárias. Na prática, o Bird contará com US$ 86,2 bilhões em capacidade de empréstimos.

Os países em desenvolvimento, que respondem por mais da metade da elevação de capital, tiveram seu poder de voto ampliado em 3,13 pontos percentuais, para 47,19%. O Banco Mundial passa a refletir melhor as mudanças que vêm ocorrendo no cenário econômico global, especialmente no que diz respeito aos países emergentes.

A China passou a ser o terceiro maior acionista, superando Alemanha, França e Reino Unido. O ministro das Finanças chinês, Xie Xuren, disse que a decisão é um passo importante para "o objetivo final (de existir) poder de voto justo entre países em desenvolvimento e desenvolvidos".

Os Estados Unidos e o Japão se mantiveram nos dois postos mais importantes, embora os japoneses tenham perdido poder de voto. Os Estados Unidos - que têm poder especial no banco por tradicionalmente deterem a presidência - permanecem com autoridade para vetar as decisões mais importantes.

O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, afirmou que o país concorda em contribuir com US$ 3,5 bilhões para aumentar a base de capital do banco e abrir mão de parte dos ganhos que geralmente acompanham o financiamento, para acomodar fatia maior a países em desenvolvimento.




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