A seccional São Paulo da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) realiza na manhã de sexta-feira, no Salão Nobre da Ordem (Praça da Sé, n° 385), uma audiência pública com os funcionários da instituição. Os monitores querem rebater as acusações de tortura feitas pelo secretário de Justiça do Estado de São Paulo e presidente da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), Alexandre de Morais.

O evento será presidido pelo coordenador de Direitos Humanos da OAB-SP, Hédio Silva Júnior, e contará com a participação do presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), João Felício; do presidente da CUT-SP, Edílson de Paula Oliveira; e da presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Febem, Maria Gusmão.

"Será uma oportunidade de debater com transparência essas acusações e as dificuldades de ressocialização do jovem infrator, a razão principal da manutenção da Febem", analisou o coordenador de Direitos Humanos da OAB-SP.

Para o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, é preciso iniciar com urgência a discussão sobre qual a participação dos funcionários no insucesso da Febem. "Não é mais possível conviver com este estado de tensão e violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Precisamos chegar às causas e a um novo modelo de instituição".

"O funcionários são a chamada ‘ bola da vez’ e terão de separar o joio do trigo para ajudar nessa reconstrução. Tenho convicção de que há funcionários comprometidos com a causa da recuperação do jovem infrator, mas já se comprovou a existência de funcionários com conduta diversa. Por isso é importante fazer essa diferenciação para evitar generalizações", destacou.

O evento começa às 10h30 e é aberto ao público.