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Bush aprovou espionagem doméstica sem autorização do tribunal
Da AFP
16/12/2005 | 10:48
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O presidente George W. Bush autorizou em 2002 a Agência Nacional de Segurança (NSA) a espionar milhares de cidadãos americanos e estrangeiros nos Estados Unidos sem uma ordem do tribunal, denunciou nesta sexta-feira o New York Times.

A atividade sem precedentes da NSA, cuja missão é espionar as comunicações estrangeiras, teve como objetivo obstruir complôs terroristas depois dos ataques da Al-Qaeda de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, destacou o jornal citando fontes governamentais.

Sob uma ordem presidencial assinada em 2002 - segundo afirmaram funcionários não identificados - a NSA monitorou ligações telefônicas internas e mensagens de correio eletrônico internacionais de centenas, talvez milhares, de pessoas dentro dos Estados Unidos sem contar com uma ordem da corte, em um esforço para detectar "números sujos" vinculados à Al-Qaeda.

"Isto é realmente uma mudança radical", disse um ex-alto funcionário que é especialista na lei de segurança nacional. "É quase um dos pilares deste país que a NSA só realize investigações estrangeiras" e não no interior dos Estados Unidos.

Alguns funcionários familiarizados com a evolução desta operação de espionagem questionam se as investigações não ultrapassaram os limites constitucionais das vigilâncias legais.

O New York Times retardou a publicação desta informação sobre a NSA durante um ano a pedido da Casa Branca, que expressou sua preocupação com a divulgação do fato, já que poderia colocar em perigo as investigações em curso e alertar supostos terroristas de que estariam sob vigilância.

Segundo vários funcionários, este programa de espionagem interna ajudou a desbaratar vários complôs terroristas, incluindo o que envolveu o motorista de caminhões Ohio, Iyman Faris, que em 2003 foi considerado culpado de apoiar um plano da Al-Qaeda para destruir a ponte de Brooklyn em Nova York.



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