Não bastasse o sucesso total de público, o Festival do Chocolate de Ribeirão Pires conseguiu de forma surpreendente superar o irmão mais velho e mais famoso, o Festival de Inverno de Paranapiacaba, hoje o mais importante evento turístico da região.
Em quatro finais de semanas de julho, 228 mil pessoas marcaram presença nos dois eventos e injetaram R$ 1,8 milhão na economia regional.
A surpresa da estação ficou por conta do 1º Festival do Chocolate, de Ribeirão Pires, que atraiu 135 mil visitantes, segundo estimativa da Polícia Militar. Levantamento dos organizadores aponta faturamento de R$ 1 milhão. O festival gerou 200 postos de trabalho temporários. Para a realização do evento, foram investidos R$ 120 mil.
Mesmo superado pelo evento da cidade vizinha, a edição do Festival de Inverno de Paranapiacaba deste ano deixou todos bastante animados e bateu recorde de público. Foram 93 mil visitantes, superando em 35% os 69 mil visitantes do ano passado. Com investimento de R$ 1,17 milhão da Prefeitura de Santo André e de empresas patrocinadoras, o festival da vila ferroviária registrou faturamento de R$ 800 mil. No período, foram gerados 200 postos de trabalho temporários.
Embora o público total do Festival do Chocolate tenha sido expressivo, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Ribeirão Pires, Marcelo Dias Menato, conta que a população da cidade teve presença marcante. "A grande maioria do público foi local por causa da carência de eventos de boa qualidade na cidade", diz.
Menato também estima que 20% dos visitantes sejam provenientes de outras cidades do Grande ABC e da Grande São Paulo. "O acesso facilitou. Estávamos a menos de um quilômetro da estação de trem. A localização era central e com estacionamento. Além disso, a novidade do evento atraiu o público", explica o secretário.
Forasteiros – A variedade das origens dos visitantes surpreendeu os organizadores do festival de Paranapiacaba. Foram 33% dos visitantes vindos da Capital, 33% de Santo André e o restante da Região Metropolitana de São Paulo e outras localidades. O subprefeito de Paranapiacaba, João Ricardo Caetano, explica que o festival garante o retorno desse público à vila. "O evento tem capacidade de repercussão de faturamento e público ao longo do ano", diz.
Caetano conta também que a intenção dos organizadores é garantir qualidade aos visitantes. "Apenas público maior não importa para nós. A própria vila não comportaria excesso de gente. Isso nos traria colapso de água e transporte, por exemplo", explica.
Movimento – O público expressivo dos festivais deu motivo de sobra para o comércio de Ribeirão Pires e Paranapiacaba comemorar. O restaurante Canoa Quebrada, no centro de Ribeirão Pires, registrou aumentou de 30% no movimento. "Nos sábados à noite, tivemos de limitar a entrada do público. E, aos domingos, tivemos aumento de movimento em 40% na hora do almoço", constata.
Em Paranapiacaba, os comerciantes também festejam os resultados. Zilda Bergamini, proprietária do Bar da Zilda e presidente da Aehasp (Associação de Empreendedores de Hospedagem, Alimentação e Serviços de Paranapiacaba), conta que seu estabelecimento registrou movimento 30% maior nos dias de festival.
Em relação ao Festival do Chocolate, Zilda acredita que não há motivos para preocupação. Segundo ela, o público de Paranapiacaba é distinto dos freqüentadores de Ribeirão Pires. "As pessoas vêm atraídas pela história e pela natureza. Encontrei gente até do Rio de Janeiro", diz. Zilda dá um recado: "Vamos torcer para o Festival do Chocolate ser bom, mas espero que seja em data diferente para todo mundo poder participar de ambos os festivais".
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