Pelo menos 13 pessoas morreram e cerca de 300 ficaram desabrigadas em decorrência de deslizamentos de terra ocorridos por causa das fortes chuvas que atingiram Teresópolis (região serrana do Rio de Janeiro) no último sábado. O número de vítimas, entretanto, deve crescer, pois há cerca de cinco pessoas desaparecidas e 11 feridas, sendo que uma delas em estado grave de saúde.

A governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva (PT), visitou a cidade neste domingo e prometeu ao prefeito, Mário Tricano (sem partido), interceder junto ao Ministério da Integração Nacional para conseguir os recursos financeiros necessários à recuperação dos estragos provocados pelas chuvas. Benedita já intercedeu por Angra dos Reis, que sofreu problema semelhante. Há cerca de 15 dias, 39 pessoas morreram e outras 2,3 mil ficaram desabrigadas por causa de temporais no litoral sul fluminense.

Cerca de 100 pessoas, entre funcionários públicos, voluntários, Bombeiros e agentes da Defesa Civil, trabalharam durante todo o domingo na busca de vítimas e limpeza dos escombros. Os esforços das equipes de resgate se concentraram no Morro do Perpétuo, o local mais afetado pela chuva – 11 pessoas morreram lá por causa dos deslizamentos de terra. Uma das casas destruídas no morro era um templo evangélico que recebia uma festa de confraternização da comunidade na hora do desastre.

Duas crianças estão confirmadas entre os mortos: os irmãos Thais e Jean de Jesus Barbosa, respectivamente de 9 e 1 anos de idade. Outra vítima foi identificada como Elisa Maria Alves da Silva.

A Defesa Civil orienta as pessoas moradoras em áreas de risco a desocuparem o local o mais rápido possível, devido à previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de mais pancadas de chuva na região até o Natal.

Críticas - Benedita da Silva disse que, apesar das dificuldades financeiras do Estado, "vai estudar que recursos dispõe para dar uma ajuda emergencial a Teresópolis".

A petista criticou gestões anteriores na Prefeitura de Teresópolis e disse que é preciso implantar urgentemente uma política habitacional para acabar com as ocupações irregulares em encostas de morros e outros locais que correm riscos de desabamento com as chuvas.

Os estragos foram grandes, mas a Prefeitura de Teresópolis ainda não tem o levantamento dos prejuízos e não sabe de quanto vai precisar para a recuperação da cidade.

O prefeito disse que no momento o esforço é para atender às vítimas dos desabamentos. Tricano lembrou a enchente que atingiu a cidade em 1999 e criticou a pouca ajuda recebida, apesar das muitas promessas. "Havia a necessidade de fazer nove obras na cidade e até agora houve recursos para somente uma e meia", comentou.

Com informações da Agência Brasil