"Nos países da América Latina e do Caribe - assim como em outras regioes do mundo -, existe um conjunto de pressoes sócio-econômicas similares que afetam o ambiente; a pobreza e a desigualdade de renda estao entre as mais graves", assegurou o estudo do Programa das Naçoes Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
O informe, que foi apresentado de forma simultânea em 15 países, faz parte do projeto GEO (Global Environment Outlook ou Perspectivas do Meio Ambiente Global), que começou em 1995 e trabalha mediante uma rede coordenada de centros de pesquisa tanto públicos como privados.
Segundo o estudo, mais de 200 dos 494 milhoes de latino-americanos sao pobres e "a renda dos 20% mais ricos da populaçao é 19 vezes maior que o correspondente aos 20% mais pobres, em contraste com uma diferença de somente sete vezes para os países industrializados".
O pesquisador do GEO na Costa Rica, Alvaro Fernández, explicou que enquanto na América Latina prevalecer um amplo número de pobres, estes continuarao fazendo qualquer coisa para comer e buscar um lugar onde viver, embora isto signifique uma destruiçao do meio ambiente.
Em contraste, o setor da populaçao com maior poder aquisitivo intensificou seu consumo, o que também tem um impacto no ambiente por um incorreto manejo dos detritos e pelo aumento da produçao industrial, devido a um crescimento na procura de produtos industrializados.
A América Latina possui as maiores reservas de terras cultiváveis do mundo, mas a degradaçao dos solos ameaça boa parte da terra cultivada e provoca grandes perdas de produtividade.
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