O secretário-adjunto de Educação e Cultura de São Bernardo, Rafael Cunha e Silva, foi exonerado na sexta-feira, segundo o órgão de publicação oficial Notícias do Município. Ele era braço-direito da titular da Pasta, Cleuza Repulho.

Embora a Prefeitura não tenha informado os motivos da saída, corre nos bastidores o boato de que Cunha e Silva tenha sido requisitado a retomar sua função no MEC (Ministério de Educação), onde é funcionário.

O ex-secretário-adjunto sempre esteve ao lado da atual secretária de Educação e Cultura de São Bernardo, Cleuza Repulho. Trabalham juntos desde a época em que Cleuza atuava como titular da mesma Pasta na Prefeitura de Santo André, durante a gestão João Avamileno (PT).

Em 2002, Rafael Cunha e Silva era diretor de Educação Infantil e Ensino Fundamental da rede municipal. Dois anos depois assumiu o cargo de secretário-adjunto.

Os dois foram alvos, em 2006 - juntamente com o então secretário de Governo, Mário Maurici de Moraes - da CPI da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Ambos foram acusados de pedir propina, em 2004, para a campanha à reeleição de João Avamileno (PT) a um empresário de transportes.

O dono da empresa, José Caboclo Neto, que já tinha sido fornecedora da Prefeitura, alegava não ter ganho a licitação de transporte de merenda escolar por não ter cedido à pressão financeira.

Depois de vários meses, a acusação foi retirada quando um dos representantes da empresa decidiu se retratar, dizendo ter sido obrigado a mentir.

Na ocasião, o atual prefeito Aidan Ravin, que era vereador, chegou a pedir a quebra de sigilo bancário dos três envolvidos. Mas o requerimento não foi atendido.

Em 2007, Cleuza e Rafael Cunha e Silva seguiram decisão da maioria dos secretários municipais e pediram afastamento conjunto da Prefeitura, após o prefeito João Avamileno anunciar apoio ao deputado estadual Vanderlei Siraque nas prévias. Eles estavam do lado da vice-prefeita Ivete Garcia.