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Servidores de Mauá rejeitam convênio médico
Matheus Adami
Do Diário do Grande ABC
04/03/2010 | 07:37
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A proposta de convênio médico oferecida pela NotreDame Seguradora aos servidores da Câmara de Mauá, que prevê reajuste de 187,5% - passa de R$ 40 familiar para R$ 115 por pessoa - está próxima de ser rejeitada pelo funcionalismo.

Hoje, a direção do Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais) de Mauá se reúne com o presidente do Legislativo, vereador Rogério Santana (PT), para tentar chegar a um acordo.

O valor da NotreDame (R$ 332 por vida), vencedora da licitação para a escolha da companhia responsável pelo convênio médico de 643 servidores, dependentes e agregados da Casa, é considerado alto pelo sindicato. Outro ponto criticado pelos funcionários é a mudança do plano.

No ano passado - com o serviço sendo operado pela mesma NotreDame -, o trabalhador podia incluir quantos dependentes e agregados quisesse pela quantia única de R$ 40. No novo formato, além do aumento para servidores, o custo dos menores de idade passa para R$ 50 e idosos, um valor indeterminado, mas acima dos R$ 115.

"Tudo caminha para cancelar. O aumento foi muito grande e não há nada que justifique esse reajuste em termos de benefícios", disse o presidente de Sindserv, Jesomar Alves Lobo.

O fato de o plano de saúde da NotreDame ser por vida, em vez de permitir acréscimo de pessoas, também foi criticado. "Fica bem mais caro, tanto para o trabalhador, quanto para a administração", completou.

LICITAÇÕES - O contrato entre a empresa e a Casa ainda não foi assinado e, se o impasse permanecer entre trabalhadores e a direção do Legislativo, há a possibilidade de um novo certame licitatório.

Se for concretizada, a hipótese já admitida pela presidência da Câmara originará terceira licitação desde que o contrato anterior com a NotreDame expirou, no fim de 2009.

No primeiro certame, foi pedido um valor muito alto pelas empresas, inviabilizando a escolha de uma delas.Para evitar que o mesmo se repetisse na segunda vez, o edital foi melhorado em alguns pontos, porém, o valor continuou elevado.

O presidente da Câmara, Rogério Santana, já declarou que, em caso de novo processo licitatório, o edital será mais uma vez revisto, para que o preço pedido pela firma vencedora não continue a ser empecilho. De acordo com o parlamentar, a Câmara já está utilizando 100% de sua dotação orçamentar para a Saúde - cerca de R$ 1,4 milhão - para subsidiar parte do valor pedido pela NotreDame e, mesmo assim, tem sido insuficiente.




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