"Esperávamos que a tripulação holandesa do barco pudesse entregar pílulas abortivas, mas nunca tivemos a intenção de realizar abortos cirúrgicos", declarou à rádio-televisão estatal irlandesa RTE Ivana Bacik, representante da organização irlandesa "Women on Waves", associação que fretou o "Aurora".
Os médicos que se encontram no barco tinham previsto prestar atentimento a pacientes numa sala preparada para realizar abortos, na qual poderiam prescrever a pílula.
Para eles, o Aurora deveria afastar-se 12 milhas da costa para sair do território irlandês e não estar portanto submetido às leis deste país.
O aborto é proibido na Irlanda, a não ser em casos especiais, quando a vida da mãe corre perigo.
"A tripulação holandesa tinha sem dúvida a intenção de entregar a RU468 (pílula abortiva)", disse Bacik. "Entretanto, recebemos muitos pedidos e não poderíamos atender a todos eles. Além disso, apareceram problemas com a lei holandesa e não será possível prescrever a pílula ou fazer o aborto cirúrgico", acrescentou.
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