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PF decide investigar caseiro e pede quebra de sigilos
Do Diário OnLine
Com Agências
23/03/2006 | 19:04
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A PF (Polícia Federal) decidiu investigar não somente a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, mas também a origem dos depósitos que somam aproximadamente R$ 38,8 mil na mesma conta. A partir de um relatório das movimentações financeiras elaborado pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), a PF abriu um inquérito sobre o caseiro.

O delegado da PF Rodrigo Carneiro pediu a quebra do sigilo bancário e telefônico de Francenildo. Ele quer apurar se o caseiro foi influenciado a depor contra Palocci na CPI dos Bingos ou se os depósitos foram efetuados pelo pai biológico que não assume a paternidade por, segundo o caseiro, motivos familiares.

A decisão da PF irritou o advogado de Francenildo, Wlicio Chaveiro Nascimento. De acordo com Nascimento, essa foi a maneira encontrada para transformar Nildo em réu de um caso no qual é vítima. "Ele não está na condição de vítima, nem de indiciado, e sim de investigado", disse.

"Para nossa surpresa ele está na condição de investigado porque o Coaf pediu que se instaurasse inquérito para investigar uma movimentação que seria incompatível com a conta [renda] dele", declarou Nascimento, após o depoimento de seu cliente na Superintendência da PF em Brasília.

Lula ‘esconde’ Palocci – Após prestar depoimento na Superintendência da PF em Brasília, nesta quinta-feira, o caseiro acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 'blindar' o ministro da Fazenda e homem forte da economia brasileira, Antonio Palocci. "Se quebraram o meu sigilo bancário por que não quebram meu sigilo eleitoral? Votei no Lula. É ele que está escondendo o chefe[Palocci]", disse Nildo, durante entrevista coletiva.

Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos, na semana passada, Francenildo confirmou que viu o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, "dez ou 20 vezes" na casa alugada em Brasília por Vladimir Poleto. Poleto foi um dos assessores de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (SP). O depoimento foi suspenso por liminar do STF (Supremo Tribunal Federal). Palocci nega ter estado na mansão.



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