Entretanto, os parentes dos prisioneiros nao quiseram se encontrar com Subasic e fizeram vigília em frente ao escritório da ONU na província nesta quinta-feira.

O representante do governo Iugoslavo encontrou-se na noite de quarta-feira com dirigente da ONU para discutir a libertaçao de 800 albaneses que ainda sao mantidos prisioneiros 17 meses depois do fim da guerra de Kosovo, segundo fontes das Naçoes Unidas.

Uma nota divulgada pela ONU em Kosovo informa que as discussoes foram sérias e construtivas e que o co-ministro iugoslavo da Justiça prometeu que a lei da anistia será aprovada pelo parlamento da Iugoslávia o mais breve possível.

Entretanto os albaneses, nao ficaram impressionados com as promessas e se recusaram a encontrar Subasic. Eles bloqueiam a principal estrada de Pristina há mais de uma semana e organizaram uma série de paralisaçoes de três horas.

``Nós ficaremos aqui até termos notícias de verdade dos nossos parentes', disse Fatime Elshani, 56 anos. Seu filho, o marido e o cunhado foram levados por soldados sérvios no dia 14 de abril de 1999.

``As negociaçoes estao apenas começando. Se as promessas forem cumpridas, ainda há um longo caminho a percorrer para curar as feridas das pessoas afetadas por esta tragédia', disse Bernard Kouchner, representante da missao da ONU em Kosovo.

Mais de dois mil albaneses prisioneiros foram transferidos para cadeias sérvias antes das forças iugoslavas se retirarem de Kosovo em junho de 1999 e a administraçao da ONU tomar conta da província.

Prisioneiros têm sido libertados desde entao, mas somente pequenos grupos. Por isso, a questao continua azedando as relaçoes entre Belgrado e Kosovo.

Kouchner tem exigido uma nova atitude da governo iugoslavo, que o presidente eleito democraticamente, Vojilav Kostunica, liberte os prisioneiros albaneses de Kosovo.

Um grupo de parentes, principalmente maes dos presos e desaparecidos, bloquearam a principal estrada principal de Pristina, dormindo no local e mantendo vigília em frente ao escritório da ONU em Kosovo.

Nos primeiros três dias da semana, seus protestos foram apoiados por milhares de pessoas, que foram para as ruas da cidade. Em outros centros regionais, também foi grande o número de adeptos à paralisaçao diária de três horas.