Trabalhadores de bancos da região têm, a partir de agora, um canal exclusivo para denunciar assédio moral no trabalho, por meio do site www.bancariosabc.org.br, do Sindicato dos Bancários do ABC.
A ação cumpre o acordo assinado em janeiro entre os sindicatos ligados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro/Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito e bancos associados à Federação Nacional dos Bancos.
O volume de denúncias no setor é alto. Segundo pesquisa feita pela Contraf, em junho do ano passado, oito em cada dez bancários do País afirmavam que o assédio moral era o maior problema que enfrentavam. Foi esse resultado que levou à mesa a discussão e negociação entre trabalhadores e bancos, em 2010.
"Entendemos como assédio toda situação que humilha e constrange o trabalhador, como por exemplo as ameaças de demissão, sobrecarga de trabalho, ofensas e desmoralização pública", explica a presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Maria Rita Serrano.
Segundo ela, o assunto passa a ter maior importância porque o assédio não é proibido por nenhuma lei específica. "Com o acordo, as vítimas não estão mais desamparadas. Os funcionários sempre puderam fazer denúncias na sede do sindicato. Porém, com a criação do site e o acordo, fica mais fácil tomar as devidas providências."
A cláusula prevê que o canal de denúncias repasse as informações aos bancos preservando a identidade dos denunciantes, com o compromisso por parte das instituições de investigar os casos apresentados. A empresa acolhe a denúncia, abre processo de investigação e no prazo de 60 dias informa o resultado ao sindicato com as medidas adotadas.
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