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Ex-policial filipino liga Duterte a esquadrão da morte e quase 200 assassinatos
06/03/2017 | 09:19
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Um policial aposentado nas Filipinas que depôs nesta segunda-feira para uma investigação no Senado do país afirmou que o presidente Rodrigo Duterte e seus homens estão ligados a quase 200 assassinatos que ele e seu "esquadrão da morte" executaram anos atrás.

Segundo Arturo Lascanas, que descreveu para senadores algumas das principais ações de seu grupo, ele teria agido com "o conhecimento prévio, sob ordens diretas, consentimento, tolerância ou aquiescência" de Duterte quando este era então prefeito da cidade de Davao. "O que está relatado ali é apenas a ponta do iceberg", afirmou.

A investigação ocorre em meio à forte reação contrário à guerra às drogas de Duterte, que matou milhares de suspeitos de tráfico e uso de entorpecentes desde que chegou à presidência, em junho.

Senadores favoráveis ao presidente retorquiram, questionando por quê ele havia negado, anteriormente, o envolvimento nas mortes em Davao ou a própria existência de um esquadrão da morte.

Ernesto Abella, porta-voz do presidente, descreveu o ex-policial como uma "testemunha perjurada" e chamou o testemunho de "fabricado e inaceitável".

Lascanas, por sua vez, disse que havia mentido anteriormente sobre seu papel no caso por medo da segurança de sua família. Ele também teria recebido grandes quantidades de dinheiro durante meses de Duterte, às vezes diretamente, outras vezes através de outros policiais.

Um dos alvos assassinados teria sido o comentarista de rádio Jun Pala, que havia irritado Duterte por suas críticas ao seu governo. Segundo Lascanas, ele e um grupo de homens matou Pala em 2003, recebendo pessoalmente de Duterte uma quantia de 1 milhão de pesos filipinos, cerca de US$ 19,8 mil. Fonte: Associated Press.




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