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Greenpeace protesta contra extraçao de madeira na Amazônia
Do Diário do Grande ABC
19/03/2000 | 18:29
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O navio Amazon Guardian, da organizaçao ambiental internacional Greenpeace, já navega pelos rios da Amazônia, onde permanecerá por quatro meses numa campanha mundial contra a extraçao ilegal de madeira no Amazonas e Pará. De bandeira inglesa, o Amazon Guardian partiu em fevereiro da Alemanha com uma tripulaçao composta de ativistas de várias nacionalidades e entrou em águas amazônicas na quinta-feira (16) pelo Amapá. na tarde desta segunda o navio chega em Manaus, onde o Greenpeace dará a largada da campanha que tem como objetivo principal de forçar a modernizaçao e certificaçao da indústria madeireira.

"Nao é uma campanha contra as madeireiras", afirmou Paulo Adário, coordenador da Campanha na Amazônia, em relaçao a possível inquietaçao dos ribeirinhos, intermediários e empresários, que atuam na rede do comércio ilegal. "Vamos mostrar problemas sérios que comprometem o meio ambiente e que têm impactos sociais, mas que podem ser solucionados com a modernizaçao das indústrias", explicou.

Com uma tripulaçao estimada em 30 pessoas (entre brasileiros, argentinos, colombianos, holandeses e ingleses), a primeira missao do Amazon Guardian no Amazonas acontece na próxima semana pela regiao do Purus, no oeste de Manaus. Lá se concentra grande parte da extraçao de madeira ilegal que abastece as indústrias fornecedoras de compensado para o exterior.

Mas antes de seguir viagem, o navio passará por uma adptaçao num estaleiro da capital. "É preciso proteger as hélices de impactos com troncos, que nesse período do ano pelos rios", afirmou Adário, revelando que o navio - equipado com um sistema de comunicaçao via satélite, capaz de enviar imagens e fotografias - terá suporte de um aviao anfíbio Cesna 206 batizado de Tijá Samá, palavra na língua indígena Suruaha, que significa nao cortes as árvores.




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