Política Titulo São Bernardo
CPI do Lixo já mira Marinho e Tarcisio

Instalada, comissão na Câmara de S.Bernardo
terá relator e vice-presidente na semana que vem

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
09/02/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A CPI do Lixo foi instalada ontem na Câmara de São Bernardo e já tem como meta a investigação da gestão do ex-prefeito Luiz Marinho (PT). Os nomes do petista e de integrantes de sua administração, como o ex-secretário de Serviços Urbanos e candidato derrotado a prefeito em 2016, Tarcisio Secoli (PT), são ventilados como possíveis convocados a prestar depoimentos.

“Tenho diversos nomes em mente, mas só apontarei quando tivermos uma agenda definida de trabalho. Neste primeiro momento, queremos ter acesso ao contrato e aos documentos relacionados e a partir disso faremos as convocações”, afirmou o presidente da comissão, Ary de Oliveira (PSDB), autor do pedido que criou o instrumento.

Líder do PT na Câmara, o vereador José Luís Ferrarezi disse que o partido enxerga a investigação com tranquilidade. “Os motivos que levaram à abertura da CPI deixam o quadro favorável para nós. Não temos nada a esconder e seguiremos fazendo uma oposição consciente. Não seremos intransigentes como eles foram conosco”, ponderou.

O indicado do PT para a comissão foi o vereador Toninho da Lanchonete.

A CPI terá duração de 120 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias. O projeto teve votos favoráveis de 27 vereadores, incluindo toda a bancada petista. A definição da relatoria e da vice-presidência está marcada para a sessão de quarta-feira.

A criação da comissão foi precedida de alteração no regimento interno da Câmara, que, a partir de agora, torna automática a nomeação como presidente da CPI do vereador que oferece requerimento na Casa.

O Consórcio SBC Valorização de Resíduos Sólidos Revita e Lara cobra R$ 68,5 milhões de faturas atrasadas – inclusive da gestão de Luiz Marinho –, enquanto a administração tucana lembra do repasse de R$ 727,8 milhões para o consórcio entre 2012 e 2016.

Sobre a greve que paralisava a coleta de resíduos desde segunda-feira – se encerrou ontem –, Ary de Oliveira disse desconfiar das motivações que levaram à suspensão do serviço. “A empresa já não tinha recebido no ano passado e não fizeram greve. Com o quadro atual, imaginamos porque isso aconteceu”, destacou.

OUTRO LADO
O consórcio afirmou, em nota, que “sempre manteve a total transparência de seu contrato com o município, firmado em 2012”. “Todas as informações estiveram disponíveis de modo permanente para os poderes Executivo e Legislativo, inclusive o novo prefeito e a Câmara. Prioritariamente, informamos aos novos gestores a situação de inadimplência do contrato, vinda da administração anterior, que inviabiliza a continuidade dos serviços de limpeza pública”, salientou o documento.

A empresa comunicou ainda que está disposta a negociar com a Prefeitura e que está buscando recursos financeiros para colocar os salários dos funcionários em dia. 




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