Nacional Titulo
MST volta a ocupar Incra de Salvador
Do Diário do Grande ABC
01/06/2000 | 15:39
Compartilhar notícia


A superintendência regional do Instituto Nacional de Colonizaçao e Reforma Agrária (Incra) voltou a ser ocupada, nesta quinta-feira, por mais de mil integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) e representantes da Comissao Pastoral da Terra (CPT). Os trabalhadores foram cobrar a nomeaçao de um superintendente para o órgao no Estado, cargo vago desde o ano passado, o que prejudica o andamento das vistorias de áreas ocupadas pelo MST.

Os manifestantes encontraram o prédio vazio e com a porta trancada em conseqüência da greve dos servidores federais. Por causa disso, decidiram armar acampamento no pátio de estacionamento do órgao, mas nao afastam a possibilidade de entrar no prédio. "Trouxemos alimentaçao para cinco dias, contudo, se continuarmos aqui depois disso, pediremos ajuda aos sindicatos para conseguir comida", disse Walmir Assunçao, um dos principais dirigentes do MST na Bahia, que comanda a ocupaçao.

Segundo ele, desde a última ocupaçao do Incra de Salvador, ocorrida no final de abril, nao houve nenhuma resposta do Ministério da Política Fundiária em relaçao à nomeaçao de um novo superintendente para a Bahia. "Até o interventor Gercino José da Silva Filho já foi embora e nada se resolveu", reclamou explicando que o MST aguarda há meses 103 vistorias pelos técnicos do Incra em áreas ocupadas no Estado. "Enquanto essas vistorias nao sao realizadas o governo tem a obrigaçao de fornecer sete mil cestas básicas para as famílias acampadas", cobrou.

A advogada Cecília Carvalho, do CPT do município de Senhor do Bonfim que também participa da ocupaçao em Salvador, mostrava-se preocupada com a "acefalia" do Incra. "Nao tem superintendente, os funcionários estao em greve, a gente nem sabe a quem procurar aqui para pedir providências", disse, culpando o governo federal pela situaçao."Essa casa necessita de arrumaçao urgente".




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;