As autoridades russas não confirmaram publicamente os detalhes do caso ou as prisões, mas os meios de comunicação locais relataram detalhes dramáticos, incluindo a prisão de um dos oficiais de inteligência em uma reunião do FSB, com o suspeito sendo levado com um saco sobre a cabeça.
As reportagens alimentaram a especulação entre os oficiais de inteligência ocidentais que têm acompanhado a situação de que as prisões podem estar ligadas a alegações de que a Rússia se envolveu em pirataria cibernética para influenciar a recente eleição presidencial dos EUA e a um dossiê não verificado alegando conluio entre o Kremlin e a campanha do presidente Donald Trump.
O Kremlin fez apenas um reconhecimento críptico das recentes prisões. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na quarta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, provavelmente foi informado sobre um caso de espionagem cibernética na Rússia. "Não descarto que, como parte dos relatórios [de inteligência], informação tenha sido fornecida oportunamente ao presidente" sobre o assunto, disse Peskov. O FSB não falou publicamente sobre o assunto e não respondeu a um pedido formal de comentário do Wall Street Journal.
A Kaspersky Lab confirmou que um de seus funcionários foi preso. Um porta-voz da empresa de Moscou, conhecida provedora de tecnologia antivírus, confirmou que Ruslan Stoyanov, chefe de uma unidade de investigação da Kaspersky Lab, foi preso.
Stoyanov, que se juntou à Kaspersky Lab em 2012, trabalhou para a unidade de cibercrimes do Ministério do Interior russo em Moscou entre 2000 e 2006, de acordo com seu perfil no LinkedIn. Stoyanov não pôde ser localizado para comentário. "Este caso não está relacionado com a Kaspersky Lab", disse a empresa em comunicado. "Ruslan Stoyanov está sob investigação por um período anterior à contratação na Kaspersky Lab."
O setor de segurança cibernética da Rússia está sob crescente escrutínio após um relatório de inteligência nos Estados Unidos alegar que várias empresas e indivíduos russos estão envolvidos em intrusões cibernéticas contra o Comitê Nacional Democrata e o presidente da campanha presidencial de Hillary Clinton. Fonte: Associated Press.
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