Que o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), é cotado para ser candidato a governador de São Paulo em 2014, caso a empreitada petista seja derrotada nas eleições deste ano, não é novidade para ninguém. Mas o assunto era tratado com certa reserva e, ao falar abertamente, revelou: "De repente, eu poderia ser candidato a governador hoje."

A declaração foi feita após ser indagado se estava preparado para comandar a federação mais rica do País. A resposta foi positiva, seguida de explicação, para não causar atrito com a atual candidatura petista do senador Aloizio Mercadante.

"Tenho condições de ser candidato a governador hoje. Até a oposição diz isso. Mas não é o caso. O nosso projeto é eleger Mercadante governador e depois disso ele pode naturalmente buscar a reeleição. É errado antecipar", discorre.

Marinho poderia estar no lugar de Mercadante - o senador cumpre missão partidária, pois pessoalmente gostaria de disputar de novo cadeira no Congresso - no pleito de outubro se não tivesse participado da corrida pelo Paço de São Bernardo em 2008.

Ele deixou o Ministério da Previdência em junho daquele ano, mas foi aconselhado "por muita gente" a ficar e trabalhar a candidatura maior em 2010. "Organizei-me com o partido e aliados para ser candidato a prefeito. Fui muito pressionado para continuar ministro. Se, eventualmente, eu tivesse ficado no ministério, de repente poderia ser candidato a governador hoje. Mas minha vontade política foi cuidar da minha cidade."

Em 2002, Luiz Marinho foi candidato a vice-governador na chapa encabeçada por José Genoíno - angariaram 41,4% dos votos válidos (8.470.863 adesões) no segundo turno. "Se o partido disser ‘precisamos de você', eu vou (ser candidato ao governo em 2014), como fui em 2002 para ajudar a eleição do Lula."