O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) voltou atrás em sua decisão e retomou o decreto de falência da Karmann Ghia, de São Bernardo. O processo estava suspenso por liminar desde 7 de dezembro.

O desembargador Cesar Ciampolini Neto decidiu restabelecer a decisão de primeira instância pela falência (que havia sido decretada em novembro) enquanto aguarda o julgamento final do mérito dos recursos apresentados pelo antigo proprietário, dom Eudes Regnier Orleans e Bragança, trineto de Dom Pedro II, pedindo o cancelamento do processo, e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, pela sua continuidade. Ontem, a empresa foi lacrada de novo, com o objetivo de proteger o ferramental, que posteriormente poderá ser vendido para pagar os 330 funcionários, sem salário desde março do ano passado, e as rescisões de outros 250 demitidos em 2015, que tiveram valores parcelados em até 22 vezes e pararam de receber em dezembro daquele ano.

Questionado sobre o interesse da Karmann britânica em conversar com o sindicato, o presidente da entidade, Rafael Marques, disse que não vingou. “Foi um mico. A empresa ficava em Trinidad e Tobago (Caribe). Era mais um aventureiro querendo se aproveitar.”