A Selic foi reduzida ontem pelo Copom de 13,75% para 13% ao ano, sinalizando um ritmo mais forte de cortes daqui para frente, segundo alguns economistas. A economia de R$ 57,4 bilhões considera a hipótese de Selic estável de 13,75% ao ano ante a estimativa atual entre analistas de 10,5% no encerramento de 2017, como é previsto por Fábio Klein, especialista em contas públicas da consultoria Tendências.
Com a Selic constante em 13,75% até dezembro, a dívida bruta alcançaria R$ 5,177 trilhões, sendo que R$ 538,7 bilhões corresponderiam somente a despesas de juros. No caso da taxa básica baixando aos poucos até 10,50% tal passivo chegaria a R$ 5,120 trilhões, e os dispêndios com juros seriam de R$ 481,3 bilhões. A economia com juros seria de R$ 57,4 bilhões, de acordo com Klein.
Embora a economia de R$ 57,4 bilhões esteja relacionado com o déficit nominal, pois reduz a dívida pública bruta, este montante é tão elevado que representaria 40,1% do resultado primário negativo de R$ 143,1 bilhões estimado pelo governo para o setor público consolidado em 2017.
A redução de juros mais forte pelo BC vai melhorar também a dinâmica da economia. Braulio Borges, economista sênior da LCA, estima que uma diminuição de 1 ponto porcentual da Selic em 12 meses eleva o PIB em 0,4 ponto porcentual. Ele prevê que o Copom adotará mais duas reduções dos juros de 0,75 ponto e depois passará a cortar a taxa num ritmo de 0,50 ponto porcentual nas reuniões seguintes do BC, a ponto de a taxa terminar o ano em 9,50%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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