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Sargento Juliano é nomeado por Paulo Serra para Serviço Funerário

Ex-parlamentar de Santo André vai chefiar autarquia e ficará com status de secretário

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
12/01/2017 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), nomeou o ex-vereador Sargento Juliano (PSB) para a chefia do Serviço Funerário da cidade. A portaria foi publicada no Diário Oficial do Município de ontem. O setor é uma autarquia municipal e o socialista terá status de secretário.

Integrante da chapa de pleiteantes a vereador na base do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) – ficou em terceiro lugar –, Juliano teve seu projeto à reeleição barrado pela Lei da Ficha Limpa (concorreria ao sexto mandato) por ter suas contas à frente da Câmara, no biênio 2011-2012, rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). Juliano autorizou pagamento de subsídios complementares aos vereadores, nos moldes de 13º salário, considerados ilegais pela Corte de contas. O socialista tentou reverter a condenação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), mas foi vencido. Ele chegou a receber 5.332 votos no dia 2 de outubro, o que lhe rendeu o patamar de mais votado do PSB. Porém, não teve os votos computados pela Justiça Eleitoral.

Em novembro, Juliano chegou a anunciar ao Diário que, independentemente do resultado de recursos contra as decisões negativas, não concorreria mais a cargos públicos. Até o começo de 2016, o então parlamentar figurava as fileiras do PMDB. Integrou a base aliada do governo de Carlos Grana (PT) e, às vésperas da campanha, migrou ao PSB. Chegou a reivindicar o posto de vice na chapa de Aidan.

A adesão de Juliano ao projeto de Paulo Serra ocorreu concretamente já no fim do primeiro turno, quando a disputa eleitoral embolou. Nos bastidores, porém, comentava-se que desde o começo do pleito Juliano havia abandonado Aidan para contribuir com a campanha do tucano. No segundo turno, o ex-vereador embarcou de vez no projeto eleitoral de Paulo Serra, que aceitou adesão de alguns socialistas e evitou receber apoio de Aidan.

Ontem, durante evento no Paço (leia mais abaixo), o prefeito justificou que a escolha pelo nome de Juliano é “soma de perfil técnico com indicação política”. “O Juliano, nos seus mandatos, sempre teve atuação muito forte com essa questão da gestão do serviço funerário. Então, casou. Teve essa questão de ele deixar a Câmara e a participação do PSB (na campanha do segundo turno), além da capacidade dele (Juliano) de estar no nosso time e entender o projeto”, explicou. Juliano não foi encontrado para comentar o assunto.

Paulo Serra também anunciou a nomeação do ex-superintendente da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), regional Sudeste, Edgard Brandão Júnior (PSDB) para o posto de assessor especial do gabinete. O tucano, 73 anos, também foi secretário de Habitação do ex-prefeito Newton Brandão (não são parentes), em 1996. Em outubro, Edgard foi candidato a vereador, mas ficou na suplência (recebeu 851 votos).

Tucano recebe emenda de R$ 1,5 milhão para a Saúde

A Prefeitura de Santo André anunciou ontem o recebimento de R$ 1,5 milhão do governo federal, que será utilizado para a área da Saúde. O recurso é proveniente de emenda parlamentar do deputado federal Alex Manente (PPS).

O prefeito Paulo Serra, ao lado do popular-socialista e do superintendente da Caixa Econômica Federal no Grande ABC, Gilnei Peroni, assinaram o acordo ontem. Paulo Serra destacou a importância do recurso extra em época de crise econômica e graves dificuldades para o pagamento das despesas básicas na cidade. “É muito importante essa parceria. (O dinheiro) Vai fazer a diferença na gestão”, frisou o tucano.

Embora destinada à Saúde, ainda não está definido especificamente em que área a verba será aplicada. Segundo Paulo Serra, há a possibilidade de o dinheiro ser utilizado para a retomada das obras do Hospital da Vila Luzita, paradas há três anos. Iniciadas em 2011, durante a gestão do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), as intervenções já custaram R$ 3,5 milhões aos cofres da Prefeitura, mas o local está abandonado. A obra foi orçada em R$ 7,5 milhões, sendo R$ 600 mil de contrapartida da Prefeitura.

“Ainda vamos analisar se o recurso também pode ser utilizado para custeio da secretaria”, informou Paulo. Sem definição para onde o recurso vai, a transferência da Caixa para a conta do Paço segue emperrada.

O tucano também divulgou outro convênio com a Caixa, no valor de R$ 1,6 milhão, para infraestrutura urbana. O dinheiro será usado para pavimentação de vias, mas Paulo também não detalhou o uso do aporte. 




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