Medida sacramentada, segundo o governo, vai gerar economia de R$ 1,9 milhão no exercício
Diante da crise nas contas do Paço, o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), confirmou ontem o cancelamento da edição dos desfiles de Carnaval deste ano, em reunião com representantes da Uesa (União das Escolas de Samba de Santo André). A estrutura completa do evento despende cerca de R$ 1,5 milhão de recursos públicos a cada exercício e outros repasses do Paço para a aquisição de equipamentos. “Não temos condições de arcar neste momento de grave situação financeira. O cenário não nos permite fazer este tipo de evento. Portanto, neste ano, o Carnaval está suspenso. Apenas com essa decisão economizaremos R$ 1,9 milhão”, pontuou.
Além do patrocínio com a estrutura da atividade, firmada na Avenida Firestone, havia verba acordada de subvenções prometidas pela administração municipal. O governo anterior, encabeçado por Carlos Grana (PT), não honrou promessa de repassar duas parcelas destinadas à Uesa, no valor de R$ 393 mil, cada. Apenas a primeira parte foi quitada. “O montante despendido fica como antecipação para 2018. Isso porque estamos promovendo todos esforços em pacote de medidas para conter custos. Claro que não era essa a solução que gostaríamos, pois sabemos da tradição na cidade. Gera frustração, mas temos compromisso de continuar dialogando para manter a iniciativa, mesmo que haja redução de gastos, mais enxuto.”
Nenhuma Prefeitura do Grande ABC vai realizar o Carnaval em 2017. O Paço andreense informou que, devido à realidade orçamentária, fruto da dívida que ultrapassa os R$ 300 milhões, a gestão “está dando prioridade à organização das finanças, quitação de débitos com fornecedores e retomada do crescimento e potencial de investimento da cidade”.
EDUCADORES
Por conta da indisponibilidade de fluxo de caixa, o governo adiou pagamento de um terço de férias de profissionais da Educação, incluindo professores e agentes pedagógicos. A gestão petista firmou acordo para quitação no dia 10, ontem, só que, segundo Paulo Serra, “não tem saldo na conta”. “Impossibilita o pagamento. Não ganhamos respiro necessário. Prorrogamos para dia 20.”
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