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Oposição descarta negociação com PT na CPI e pede votação
Da Agência Câmara
04/04/2006 | 17:54
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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios reúne-se ainda nesta terça-feira com o PT para que a oposição e o partido negociem a possibilidade de o PT desistir do relatório paralelo apresentado hoje. Em troca, a oposição aceitaria fazer modificações no texto do relator da CPI, Osmar Serraglio (PMDB-PR). O documento será votado amanhã. Na reunião de hoje, que foi transferida para as 18 horas, a CPI apenas discutirá o texto.

Participarão do encontro de negociação o relator Serraglio; o presidente da CPI, senador Delcidio Amaral (PT-MS); o presidente do Senado, Renan Calheiros; o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP); o relator-adjunto Marício Rands; e os sub-relatores de Contratos, José Eduardo Cardoso (PT-SP), e de Fundos de Pensão, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-PR).

O PT não aceita incluir no relatório o termo "mensalão", critica a designação da Visanet como fonte de recursos do valerioduto e rechaça a sugestão de indiciar os ex-ministros Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação de Governo) e José Dirceu (Casa Civil).

A líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), afirmou que seu partido não abre mão de alterar o relatório de Serraglio. O PT não aceita em hipótese alguma que o empréstimo do empresário Marcos Valério ao senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) seja considerado legítimo, enquanto o do PT é classificado como irregular. "Ou os dois são verdadeiros ou são uma farsa", disse Ideli.

O PT pretende tentar negociar até o último minuto as alterações que deseja fazer no texto proposto pelo relator da CPMI. Caso não consiga, vai tentar derrubar o relatório principal no voto e aprovar seu relatório paralelo.

Receio do relator — nem a oposição nem o governo têm a segurança de obter a maioria dos votos na comissão. Osmar Serraglio teme que a CPI acabe sem relatório. "Meu medo é que derrubem o meu relatório e não tenham votos suficientes para o deles. Aí seria muito triste", desabafou.

Caso não haja acordo para a votação, um líder partidário poderá pedir preferência para o relatório do PT, apresentado na forma de voto em separado, como prevê o Regimento Interno da Câmara.




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