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'Primeira-dama' do Khmer Vermelho comparece à Justiça
Da AFP
21/05/2008 | 08:13
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Ieng Thirith, chamada de "primeira-dama" do antigo regime comunista cambojano do Khmer Vermelho, compareceu pela primeira vez nesta quarta-feira a uma sessão pública ante um tribunal especial auspiciado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em Phnom Penh.

Ieng Thirith, 76 anos, ex-ministra da Ação Social durante o período em que o Khmer Vermelho ocupou o poder (1975-1979), foi detida em novembro ao lado de seu marido Ieng Sary, 82 anos, ex-ministro das Relações Exteriores. O casal foi acusado de "crimes contra a humanidade".

Segundo seu advogado cambojano Phat Pouv Seang, Ieng Thirith tem problemas mentais e por isso deve ser posta em liberdade. Mas segundo integrantes do tribunal, seus médicos a consideraram apta para ser julgada.

Cerca de dois milhões de pessoas morreram sob o regime do Khmer Vermelho, que seguia a ideologia maoísta e instaurou um governo de terror entre 1975 e 1979 no Camboja, esvaziando as cidades, enviando seus moradores para o campo para submetê-los a trabalhos forçados e eliminando sistematicamente os opositores.

Ieng Sary e Ieng Thirith, detidos em sua luxuosa residência em Phnom Penh, são acusados, entre outras coisas, de assassinato, extermínio e perseguição. Se o tribunal os considerar culpados poderão ser condenados à prisão perpétua.




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