ORLANDO, Flórida, 17 - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou na noite de sexta-feira mais um evento de seu giro por vários Estados cruciais para a vitória eleitoral. Durante discurso na Flórida, o empresário disse que pretende reforçar as Forças Armadas norte-americanas, mas usá-las com comedimento durante seu governo.

"Durante muito tempo, nós estamos saindo de uma intervenção imprudente para outra, para países de que vocês nunca ouviram falar", disse Trump em Orlando. "É loucura e isso vai acabar."

Trump ainda se comprometeu a acabar com o Estado Islâmico, sem dar detalhes sobre a estratégia para a política externa, mas prometendo derrotar "rapidamente" o grupo extremista.

Neste sábado, Trump fará a parada final em seu giro de agradecimento, em evento em um estádio em Mobile, Alabama. Com isso, ele voltará ao local de seu maior comício na campanha. Em seguida, seguirá para Palm Beach, onde aliados disseram que deve passar a semana do Natal, entre reuniões e descanso com a família. Ele ainda pode ficar em seu resort na costa americana até o Ano Novo, dizem os assessores.

Também na sexta-feira, Trump escolheu o deputado Mick Mulvaney, da Carolina do Sul, como diretor de Orçamento, segundo uma fonte ligada à transição de governo. O político é considerado um falcão do orçamento e um conservador. Mulvaney é um dos fundadores do House Freedom Caucus, grupo de legisladores conservadores que frequentemente confronta o presidente da Câmara dos Representantes, o também republicano John Boehner.

Além disso, Mulvaney manteve uma linha dura em relação ao gasto federal durante o governo de Barack Obama. O deputado se opõe a cortes de gastos, mas também foi contrário à elevação do limite de endividamento dos EUA e várias vezes mostrou-se disposto a interromper o financiamento federal, o que paralisaria boa parte do governo. No comando do Orçamento, terá de cumprir a promessa de Trump de cortar gastos e aumentar o investimento em infraestrutura, bem como repelir a reforma da saúde conduzida por Obama.

Trump, que tem várias propriedades na Flórida, diz que o Estado é sua "segunda casa" e fez vários atos de campanha ali. Com isso, garantiu votos da população branca de áreas mais afastadas da costa, derrotando a força da democrata Hillary Clinton entre eleitores das maiores cidades desse Estado. Fonte: Associated Press.