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Retração do PIB em 2016 passa de 3,43% para 3,48%, afirma Focus
12/12/2016 | 09:18
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O Relatório de Mercado Focus desta semana trouxe novas mudanças, para pior, nas projeções de atividade. Pelo documento divulgado na manhã desta segunda-feira, 12, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano passaram de retração de 3,43% para queda de 3,48%. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,37%.

Há duas semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB no terceiro trimestre recuou 0,8% ante o segundo trimestre e cedeu 2,9% ante o terceiro trimestre do ano passado. Foi a sétima queda consecutiva do PIB brasileiro. Em uma reação aos números, muitos economistas citaram a perspectiva de que a economia brasileira volte a crescer apenas a partir de 2017.

Em suas comunicações mais recentes, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC destacou que o conjunto de indicadores divulgados sugere "atividade econômica aquém do esperado no curto prazo".

Para 2017, o Focus mostra que a percepção também piorou. O mercado prevê para o País um crescimento de 0,70% no próximo ano, abaixo do 0,80% projetado uma semana antes. Há um mês, a expectativa era de 1,13%. Em suas projeções, o Ministério da Fazenda trabalha com uma estimativa de crescimento de 1,0% para o próximo ano.

No relatório Focus desta segunda, as projeções para a produção industrial também indicaram um cenário difícil. A queda prevista para este ano passou de 6,50% para retração de 6,68%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial foi de 1,05% para 0,75%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 6,06% para 2016 e alta de 1,11% para 2017.

Há duas semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial em outubro caiu 1,1% ante setembro e desabou 7,3% em relação a outubro do ano passado.

Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano permaneceu em 45,20% no Focus. Há um mês, estava em 45,42%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram de 50,70% para 51,00%, ante projeção apontada um mês atrás de 50,10%.

Superávit comercial

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a balança comercial em 2016. A estimativa de superávit comercial este ano seguiu em US$ 47,00 bilhões, ante US$ 47,59 bilhões de um mês antes. Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2016 ficará em US$ 49 bilhões.

Para 2017, as projeções de superávit comercial do mercado financeiro subiram de US$ 44,57 bilhões para US$ 45,00 bilhões de uma semana para outra - mesmo valor de um mês antes.

No caso da conta corrente, as previsões contidas no Focus para 2016 passaram de déficit de US$ 19,30 bilhões para rombo de US$ 20,00 bilhões. Há um mês, o rombo projetado estava em US$ 18,80 bilhões. Para 2017, o mercado alterou a estimativa de rombo nas contas externas de US$ 25,68 bilhões para US$ 26,00 bilhões.

Um mês atrás, o rombo projetado também era de US$ 26,00 bilhões. Os dados mais recentes mostram que de janeiro a outubro deste ano o País acumulou um déficit na conta corrente de US$ 16,957 bilhões. Já a projeção do BC para o déficit em conta em 2016 é de US$ 18,0 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário neste e no próximo ano. A mediana das previsões para o IDP em 2016 subiu, no Focus, de US$ 65,00 bilhões para US$ 66,06 bilhões de uma semana para a outra, ante US$ 65,00 bilhões de um mês antes. No acumulado deste ano até outubro, o IDP somou US$ 54,905 bilhões e a previsão do BC é de que a cifra chegue a US$ 70,00 bilhões até o fim de 2016.

Para 2017, a perspectiva de volume de entradas de investimento direto, de acordo com o Focus, seguiu em US$ 70,00 bilhões - mesmo valor de quatro semanas antes.




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