Os pacientes que necessitam do coquetel antiaids no Estado de São Paulo estão com dificuldade para receber os medicamentos desde novembro do ano passado, devido à falta de três componentes: Boivir, AZT e Atanzanavir. "Os estoques estão zerados", informou a coordenadora adjunta do Programa Estadual DST/AIDS, Maria Clara Gianna.

A irregularidade no fornecimento da medicação vem desde o fim do ano passado, mas a situação se complicou nos últimos dias. O consumo do coquetel em São Paulo é de 1,8 milhão de comprimidos por mês. Neste mês, apenas 60 mil foram enviados ao Estado. "O que mais preocupa é que não temos uma informação oficial e nenhuma previsão de regulamentação da situação pelo Ministério da Saúde", disse a coordenadora do programa.

Em São Paulo, existem mais de 150 centros de distribuição do coquetel e 65 mil pacientes que recebem medicamentos antiaids. Segundo Maria Clara, a situação das gestantes, que tomam o medicamento para evitar a transmissão da doença para o feto, é a que mais preocupa. "Se essas gestantes não tomarem a medicação, é uma situação bastante grave", ressaltou.