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Erro no edital atrasa escolha de entidade
Raphael Di Cunto
Especial para o Diário<
27/11/2010 | 07:44
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Erro no edital do concurso para selecionar a entidade que fará a gestão da UBS (Unidade Básica de Saúde) Central de Rio Grande da Serra vai adiar ainda mais a solução para a falta de médicos na rede pública de Saúde do município.

O processo de escolha foi suspenso ontem, conforme decreto publicado no Diário Oficial, para retificação do edital e nova entrega de propostas. A interrupção atrasou o anúncio da vencedora, que estava previsto para ontem, com estimativa de começar o trabalho no dia 6.

Segundo o secretário de Saúde de Rio Grande, Carlos Eduardo da Silva, o edital estabeleceu que as propostas deveriam apresentar o preço global cobrado pelos exames.

"Houve um equívoco. O correto era ter o preço unitário ou a Prefeitura poderia pagar por um serviço que não foi realizado caso fossem feitos menos exames do que o previsto no contrato", explicou Carlinhos.

O novo prazo inicou ontem, com a retificação do edital, e vai até o dia 10 - o que equivale a dez dias úteis. Há quatro entidades sem fins lucrativos qualificadas como OSS (Organização Social de Saúde) e pré-inscritas para o concurso: Fundação ABC, Pró-Saúde, Social Fibra e Organização Social da Saúde Pública.

A extensão do prazo permite que mais entidades se qualifiquem como OSS e participem do concurso de projetos para fazer a gestão da UBS Central.

O vencedor receberá repasse da Prefeitura para administrar toda a unidade, contratando desde médicos a faxineiras. A prática já é adotada em todas as cidades do Grande ABC - a mais recente a implantar o sistema de gestão foi Ribeirão Pires, que na última semana passou o controle do Hospital e Maternidade São Lucas para o Instituto Illuminatus.

 

FALTA DE MÉDICOS

A necessidade de corrigir o edital pode causar mais transtornos ao município, que já sofre com o número insuficiente de médicos para atender na rede pública.

O problema ocorre desde agosto, quando encerrou o contrato emergencial com a MRF - Médicos Associados, empresa acusada de fraude e superfaturamento pelo MP (Ministério Público).

O prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB) e o grupo empresarial estão inclusive com os bens bloqueados por decisão da Vara Única de Justiça de Rio Grande da Serra. O tucano nega qualquer irregularidade e diz que o atendimento médico melhorou em sua gestão.EM

Coincidindo com o fim do contrato, fracassou licitação para encontrar nova prestadora de serviços na área. O Hospital Marques Campos não apresentou as qualificações necessárias e foi desclassificado, após recomendação do MP.

Até ser escolhida a OSS, a Prefeitura atende com médicos plantonistas contratados emergencialmente, que recebem R$ 825 por 12 horas. Porém, o número de profissionais é volátil, o que já deixou a cidade sem profissionais nos finais de semana.

 




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