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Mais segurança no diagnóstico de apendicite
Juliana Blume
Ciência Hoje/PR
01/03/2010 | 07:00
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O exame de ressonância magnética é método de diagnóstico por imagem mais adequado que a tomografia computadorizada para investigar suspeitas de inflamação do apêndice de pacientes que estão em fase de crescimento. A conclusão resultou de pesquisa realizada pela médica Simone Valduga durante a elaboração de sua dissertação de mestrado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Em caso de suspeita de inflamação do apêndice, que requer cirurgia para a retirada do órgão, a ultra-sonografia (ou ecografia) - método não invasivo, de baixo custo, disponível na rede pública de Saúde e que não emprega radiação - é o procedimento mais usado para monitorar o abdômen.

Mas quando não é possível visualizá-lo, porque o apêndice se rompeu ou há uma espessa camada de gordura na região, o exame recomendado é a tomografia.

A alternativa investigada por Valduga, além de ser um excelente meio de visualização do abdômen, não envolve o uso de radiação, que em crianças e adolescentes pode prejudicar o desenvolvimento das gônadas. Outra vantagem da ressonância magnética é que, ao contrário da tomografia, ela não requer do paciente o uso de contraste, em geral à base de iodo ou gadolínio, que podem produzir reações alérgicas.

"Vários centros médicos europeus e norte-americanos já empregam a ressonância em casos de suspeita de apendicite", relata Valduga, que acredita que médicos e instituições de Saúde brasileiros tenham interesse em adotar o mesmo procedimento.

Apesar das vantagens médicas, o emprego em larga escala da ressonância em hospitais da rede pública - e mesmo privada - do Brasil é barrado pelo alto custo do procedimento, que pode valer até o dobro da tomografia computadorizada.




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