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Sindicato da Habitação de SP faz evento na região
Emerson Coelho
Do Diário do Grande ABC
11/08/2009 | 07:00
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O Grande ABC não terá terrenos suficientes para atender grande parte da demanda do programa Minha Casa, Minha Vida, lançado em março, pelo governo federal. A declaração foi feita ontem pelo presidente da ACIGABC (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci.

"Os preços dos terrenos na região são muito caros, principalmente para suprir as necessidades da população de baixa renda, com rendimento até três salários mínimos, e esse é o grande problema a ser enfrentado", enfatiza Bigucci.

Essa e outras questões foram abordadas ontem durante evento promovido pelo Secovi (Sindicato da Habitação) São Paulo intitulado Encontro Secovi do Mercado Imobiliário do Grande ABC, que aconteceu ontem à noite na sede da ACIGABC, em São Bernardo.

Direcionado a profissionais do setor e trazendo representantes de imobiliárias, construtoras e fornecedores de material de construção, o evento reuniu cerca de 150 pessoas.

Na ocasião foram discutidos o desempenho do mercado imobiliário e os próximos desafios a serem enfrentados pelo setor como a maior demanda por habitações populares e de interesse social, ocasionada principalmente devido ao lançamento do programa "Minha Casa, Minha Vida", que prevê a criação de 1 milhão de moradias e tem como meta reduzir em 14% o déficit habitacional brasileiro.

De acordo com o presidente do Secovi-SP, João Crestana, nos últimos 15 anos o setor imobiliário do Estado atendeu principalmente à demanda por moradias com preço médio de R$ 150 mil. "Cerca de 70% das vendas atendiam a esse segmento e a maioria dos negócios era feita para pessoas que não necessitavam de financiamento", explica.

Porém, segundo Crestana, esse panorama mudou e hoje há uma maior oferta de crédito no mercado e um aumento da demanda por moradias abaixo de R$ 140 mil. "O programa ‘Minha Casa, Minha Vida' trouxe para o setor de construção um mercado novo e inédito a ser explorado e que será muito promissor".

Segundo o Secovi, o programa Minha Casa, Minha Vida deverá impulsionar a construção de 150 mil moradias na região Metropolitana de São Paulo, incluindo a capital. Com relação a moradias de baixo custo, o sindicato prevê que na capital será mais difícil a aprovação de projetos populares devido ao atual plano diretor do município, que não contempla esses tipos de habitações.

PRIMEIROS PROJETOS - Na semana passada, Santo André formalizou junto à CEF (Caixa Econômica Federal) os primeiros projetos para quem ganha de zero a três salários mínimos, dentro do programa "Minha Casa, Minha Vida".

Os cinco primeiros projetos desenvolvidos por meio da parceria entre a Prefeitura, proprietários de terrenos e empresários prevem a costrução de 2,2 mil unidades habitacionais.

Os projetos contemplam propostas em áreas públicas, privadas e integradas público-privadas.




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