A desocupação em massa decidida antes da passagem do furacão Rita voltou a ilustrar a falta de capacidade das autoridades para lidar com situações de emergência, o que ficou claro com o furacão Katrina, no fim de agosto, estimava neste sábado a imprensa americana.

"Três semanas depois de o país se dar conta do pouco que o governo sabia sobre a gestão da situação de crise em Nova Orleans, outro furacão atingiu o sul e mostrou que a lição ainda não foi aprendida", publicou o The New York Times.

"O que na quinta-feira parecia uma desocupação bem-preparada e antecipada, tornou-se, ao anoitecer, um pesadelo para muitas pessoas que haviam obedecido às ordens e deixado a cidade", estima o The Washington Post.

"As autoridades terão que ser muito mais aprimoradas para pôr em prática planos de desocupação que não coloquem todas as famílias na estrada em seus próprios carros", diz o Times, para o qual "o presidente esteve tão visível na preparação para a chegada do Rita quanto ausente durante o Katrina. O que o país deseja é a certeza de que o governo irá melhorar a direção e atuação da Fema (Agência de Gestão de Emergências) e da Segurança Interna."

O Post diz que "o prefeito de Houston deveria ter sido mais claro ao estabelecer a diferença entre os que deveriam deixar a cidade - aqueles cujas casas estavam ameaçadas de inundação - e aqueles que poderiam permanecer em suas residências".