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Biografia inspira a ficção
Heloisa Cestari
Do Diário do Grande ABC
16/09/2010 | 08:00
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Nascida em Torquay no dia 15 de setembro de 1890, Agatha Mary Clarissa Miller começou a escrever influenciada pela mãe, enquanto se recuperava de uma constipação. Aos 11 anos, viu uma obra sua ser publicada pela primeira vez. Tratava-se de um poema sobre bondes elétricos, que acabou sendo impresso em um jornal da cidade.

Poucos anos depois, passou a escrever contos. Autora de 80 romances policiais, 19 peças de teatro, mais de 150 contos e seis romances escritos com o nome de Mary Westmacott, Agatha foi pioneira ao criar histórias com desfechos surpreendentes, sendo praticamente impossível ao leitor descobrir quem é o assassino.

Em 1914, casou-se com o Coronel Archibald Christie, piloto do Corpo Real de Aviadores. Dois dias depois, ele embarcou para a França para lutar na Primeira Guerra Mundial. Enquanto isso, Agatha trabalhou como enfermeira no Hospital da Cruz Vermelha em Torquay, onde se qualificou como farmacêutica e adquiriu conhecimentos sobre diversos tipos de veneno que mais tarde seriam utilizados em seus romances, inclusive no primeiro, intitulado O Misterioso Caso de Styles (1920).

O casal teve uma filha, Rosalind, e divorciou-se em 1928, depois de um episódio tão misterioso quanto as tramas da escritora. Após a morte de sua mãe, Agatha mergulhou em profunda depressão. Seu marido revelou que estava envolvido com outra mulher e pediu a separação.

Os dois fatos levaram-na ao colapso nervoso, que culminou com o famoso desaparecimento de Agatha. Seu carro foi encontrado aberto à beira de um lago sem nenhum indício de seu paradeiro. Falou-se em rapto, suicídio e até assassinato tendo o marido infiel como suspeito. Depois de 12 dias, Agatha Christie foi encontrada num hotel registrada como Theresa Neele, o mesmo apelido da amante de Archibald.

Em 1930, casou-se com o arqueólogo Max Mallowan, 14 anos mais jovem que a escritora. Suas viagens juntos contribuíram com material para vários de seus romances situados no Oriente Médio. Em 1971, ela recebeu o título de Dama da Ordem do Império Britânico.

O casamento com Mallowan durou até a morte de Agatha Christie, no dia 12 de janeiro de 1976, aos 85 anos, de causas naturais, na sua residência em Wallingford, Oxfordshire. Ela está enterrada no Cemitério da Paróquia de St. Mary, em Cholsey, Oxon.

A única filha da autora, Rosalind Hicks, morreu em 28 de outubro de 2004, também com 85 anos. Os direitos sobre sua obra pertencem agora ao neto, Mathew Prichard.




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