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Era Lula: emprego sobe 19% na região
Anderson Amaral
Do Diário do Grande ABC
10/12/2006 | 21:22
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O primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não terminou, mas o ex-sindicalista do Grande ABC leva vantagem sobre seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, em pelo menos um quesito: a geração de empregos formais.

Levantamento feito pelo Diário com base nos números da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ambos do Ministério do Trabalho, mostra que foram criados 103.887 postos de trabalho com carteira assinada no Grande ABC durante o governo Lula até outubro, contra 38.809 nos oito anos de FHC. O número representa um aumento de 167,69% no saldo (contratações menos demissões) de vagas.

Em termos relativos, o quadro também é favorável ao atual presidente da República. Em dezembro de 2002, quando o tucano despediu-se do Palácio do Planalto, o Grande ABC tinha 553.360 trabalhadores com carteira assinada, estoque de vagas 7,54% superior ao do início de 1995 (514.551). Em outubro, as sete cidades da região somavam 657.247 empregos formais, 18,77% maior do que a “herança” deixada por Fernando Henrique.

Em números absolutos, o setor industrial foi o que mais contribuiu para a evolução do emprego formal no Grande ABC, recompondo parte das perdas acumuladas durante o governo tucano. Segundo os números da Rais e do Caged, a indústria de transformação criou 37.306 vagas com carteira assinada na região entre o início de 2003 e outubro deste ano, aumentando o estoque no período em 19,36%. Entre 1995 e 2002, a indústria do Grande ABC “encolheu” 81.057 empregos, número que beira os 100 mil quando a análise recua ao início dos anos 1990.

Em seguida, aparece o setor de serviços, com expansão de 15,21% sobre o saldo de vagas formais do início de 2003, ou 34.202 novos postos de trabalho. Apesar do saldo positivo, a geração de empregos no setor desacelerou sob o comando do petista. Prova disso é que, de 1995 a 2002, houve a criação de 109.599 vagas no segmento (aumento de 95,05%), mais que o dobro do saldo total de vagas abertas no Grande ABC na Era Lula.

Mas, em termos relativos (percentuais), o destaque foi o setor da construção civil, que expandiu o estoque de vagas em 32,22% do início de 2003 a outubro passado, com a geração de 4.071 empregos com carteira assinada. Durante os oito anos de Fernando Henrique, a ocupação no ramo caiu 10,61%, com o fechamento de quase 1,5 mil postos. Outro destaque na análise relativa foi o comércio, que teve crescimento de 27,55% no estoque, ou 22.570 novas vagas. No entanto, sob o governo tucano, o crescimento foi maior (34,03%), com 20.804 postos abertos.



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