Política Titulo
Secretaria de Educação de Mauá pode ficar sem teto em breve
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
22/09/2009 | 07:40
Compartilhar notícia


A equipe da Secretaria de Educação de Mauá pode ser despejada nos próximos dias. Com problemas financeiros, a administração do prefeito Oswaldo Dias (PT) não paga o aluguel do local, fixado em R$ 19 mil, desde junho. E após o fim do acordo, no mesmo mês, não renovou o contrato. Procurada, a Prefeitura de Mauá não se manifestou.

No entanto, informou a Justiça sobre a pendência. Em resposta à uma execução trabalhista, a administração destacou que enfrentava problemas econômicos e estava em débito com a locatária do prédio, localizado à Rua Almirante Barroso 120, Centro, antiga sede da escola Humberto de Campos.

O vereador Manoel Lopes (DEM) promete, em requerimento a ser protocolado hoje, questionar a irregularidade na permanência da Secretaria no prédio."Ele (Oswaldo) pagou as parcelas até junho normalmente, mas se não renovou, e não deixou o prédio, está lá de maneira irregular. A obrigação dele é de desocupar o local. Quero respostas do porquê dessa arbitrariedade."

No documento, o democrata solicita detalhes, como a data da assinatura do acordo, valor da locação, prazo do contrato e se o Poder Público tem procurado outra sede. "Tivemos notícias de que eles tentaram alugar um prédio na Rua Luiz Lacava, mas a transação não deu certo e eles tiveram de continuar no prédio. Quero saber o que aconteceu", alerta.

O secretário da comissão de Direitos Imobiliários da OAB/SP (Ordem dos Advogados do Brasil), Edwin Brito, explica que a Prefeitura possui os mesmos direitos de um inquilino comum e, caso o contrato não tenha sido renovado, o dono do prédio pode solicitar ordem de despejo na Justiça. "Se o contrato está vencido ele pode entrar com denúncia vazia e estipular prazo de 30 dias para a desocupação do imóvel, além da execução normal dos aluguéis não pagos. Neste caso específico, ele executa o município", diz.

O advogado avalia que o processo judicial para desocupação do espaço costuma ser lento. "Um processo de despejo pode levar de um até três anos para ser julgado."

O Diário entrou em contato com a dona do imóvel, que preferiu não se pronunciar a respeito do assunto. No entanto, a imobiliária que intermediou o processo confirmou que o acordo de locação foi assinado em junho de 2008 com validade de 12 meses. Não houve renovação.

Confusão - Essa não é a primeira vez que o Executivo enfrenta problemas com o prédio. No ano passado, a Prefeitura chegou a utilizar o espaço como armazém improvisado, mesmo sem qualquer contrato com os donos do imóvel. A administração usou o prédio por pelo menos dois meses antes de assinar o contrato.

Neste ínterim o lugar foi invadido duas vezes. Na ocasião, a então secretária de Educação Ângela Lopes, mulher do vereador Manoel Lopes, alegou a cessão gratuita do local por parte do proprietário. Manoel afirmou que o acordo de aluguel foi assinado após a saída de Ângela da Pasta. A secretaria foi instalada no local no fim de 2008. A antiga sede, localizada na Rua Rio Preto, Jardim Pedroso, foi passada ao governo do Estado para abrigar unidade da Escola de Tecnologia.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;