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Partido aliado de Chávez rejeita a dissolução
Da AFP
12/04/2007 | 12:55
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O PPT (partido Pátria para Todos), aliado do presidente da Venezuela, recusou-se a se dissolver para integrar o novo PSUV (Partido Socialista Unido) promovido por Hugo Chávez, apesar de ter declarado sua adesão à chamada "revolução bolivariana".

Em documento publicado nesta quinta-feira, a assembléia nacional ampliada do partido informou que o PPT não se dissolverá e rechaçou "qualquer insinuação dos que pretendam nos colocar nas fileiras contra-revolucionárias".

A decisão levou o ex-ministro da Educação, Aristóbulo Istúriz, o governador do estado Guárico, Eduardo Manuitt, o vice-chanceler para a América Latina, Rodolfo Sanz, e o embaixador da Venezuela em Cuba, Alí Rodríguez, a se afastarem do PPT para se integrarem ao PSUV.

No documento, o PPT também destacou que há um consenso entre seus delegados sobre a "importância de continuar construindo, a partir da diversidade revolucionária, uma liderança política que atenda a complexidade e os desafios que devem ser enfrentados para se chegar à constituição do socialismo do século XXI".

A idéia de um só partido governista foi lançada por Chávez poucos dias depois de sua reeleição presidencial no dia 3 de dezembro passado, mas encontrou fortes resistências entre seus aliados do PPT, do Podemos (esquerda moderada) e do PCV (Partido Comunista).

Os três partidos foram responsáveis por 1,7 milhão de votos do total de 7,3 milhões com os quais Chávez foi reeleito para o período 2007-2013.

Revolução - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, propôs nesta quarta-feira "radicalizar a revolução" bolivariana, ao comemorar o quinto aniversário da tentativa de golpe contra seu governo, em abril de 2002.

"Convoco os venezuelanos para radicalizar nossa revolução. Devemos abandonar a idéia de que a política é a arte do possível, de que é preciso consenso, de que é preciso chegar a acordos", disse Chávez em rede nacional de TV.

"Nunca nos aceitarão, nem o 'Império' americano nem a oligarquia crioula", advertiu Chávez ao afirmar que "não há caminhos de entendimento".

"Radicalização revolucionária, socialismo verdadeiro, revolução antiimperialista, este é o caminho", afirmou o presidente, advertindo que "o Império americano (...) não descansará até deter a revolução".




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