O tênis é um esporte basicamente individual e uma das poucas chances de fazer parte de uma equipe é na Copa Davis. Mas o papel do número um ainda é crucial. O desafio do brasileiro Thomaz Bellucci no confronto contra o Uruguai - vale vaga na repescagem para o Grupo Mundial de 2012 -, que inicia hoje (11h de Brasília), em Montevidéu, é fazer valer em quadra o que a sua posição no ranking da ATP atesta no papel.

Embora seja o principal tenista do País, Bellucci tem decepcionado na Copa Davis. Suas atuações contra Equador e Índia, nos dois últimos confrontos pela repescagem, foram muito abaixo do que se espera do 34º do mundo. "Nos últimos dois anos, sempre tive de entrar como número um e isso tem feito eu jogar até um pouco pressionado", reconheceu Bellucci, que faz o segundo jogo do primeiro dia de confronto contra o jovem Martin Cuevas (634º do mundo). "Tanto as pessoas quanto a equipe têm uma confiança grande em mim e preciso saber lidar com isso."

Em Porto Alegre (2009), ele sucumbiu diante de Nicolas Lapentti, então com 33 anos e há tempos fora do grupo dos 100 melhores do mundo. No ano passado, teve trabalho para vencer o duplista Rohan Bopanna, o 479º do ranking de simples, em cinco longos sets, em Chennai (Índia). Dois dias depois, cansado, desistiu no meio do jogo contra Somdev Devvarman (113º na época).

Agora contra o Uruguai, o duelo deve ser equilibrado. E Bellucci já foi derrotado pelo melhor jogador da equipe rival, Pablo Cuevas - que deve ser poupado no primeiro dia para ter mais tempo de recuperação de lesão no joelho - , em Estoril.