O relator da CPI da Crise Aérea, deputado Marco Maia, não pediu o indiciamento dos diretores da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) nesta terça-feira.

Segundo ele, não foi possível individualizar as responsabilidades de cada um no episódio da apresentação de um documento sem validade legal à Justiça. Não será pedido o indiciamento nem mesmo da ex-diretora Denise Abreu, ao contrário do que havia sido anunciado.

A decisão fez com que a oposição pedisse uma revisão do relatório e ameaçasse apresentar um documento alternativo.

No entanto, Maia vai encaminhar ao Ministério Público os nomes dos cinco diretores da Anac e dos quatro funcionários que ajudaram a elaborar o tal documento, que permitiu a liberação do aeroporto de Congonhas (São Paulo) para a aterrissagem de aviões de grande porte, no início deste ano.

Segundo Marco Maia, o que pode ter ocorrido são os crimes de improbidade administrativa e de prestação e informação falsa à Justiça.

Quanto ao acidente da TAM, em julho deste ano, o relatório de Maia não é conclusivo. Segundo ele, faltam laudos técnicos para identificar minúcias quanto ao que aconteceu durante o pouso. O relatório aponta duas hipóteses: a existência de falha humana ou defeito na aeronave.