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Desemprego cai para 14,3% na região
Anderson Amaral
Do Diário do Grande ABC
28/11/2006 | 22:51
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Favorecida principalmente pelo aumento da ocupação no comércio e no setor de serviços, a taxa de desemprego no Grande ABC caiu de 14,9% da PEA (População Economicamente Ativa) em setembro para 14,3% em outubro, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

O resultado é o segundo menor desde que a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) começou a ser levantada no Grande ABC, em abril de 1998, perdendo apenas para fevereiro deste ano (13,8%). A taxa também é a menor para um mês de outubro.

Segundo a PED, o contingente de trabalhadores ocupados subiu para 1,114 milhão em outubro, com a inserção de 18 mil pessoas no mercado de trabalho, o que representa um aumento de 1,6% no nível de ocupação. Por outro lado, a PEA – que contabiliza quem está empregado ou à procura de colocação – elevou-se para 1,3 milhão, com o acréscimo de 12 mil pessoas, ou 0,9%. Como resultado dessa movimentação, o contingente de desocupados caiu de 192 mil para 186 mil – queda de 3,1% no nível de desocupação.

A redução de 0,6 ponto percentual entre setembro e outubro resultou da variação de 11,2% para 10,6% no desemprego aberto (pessoas que não procuraram trabalho no mês anterior ou não exerceram atividade nos últimos sete dias), enquanto o oculto (pessoas que fizeram algum bico ou não procuraram emprego nos 30 dias anteriores, mas saíram à procura no último ano) saltou de 3,7% para 3,9% no mesmo período.

Para o gerente de análise da Fundação Seade, Alexandre Loloian, a queda na taxa de desemprego regional em outubro pode ser comemorada porque não se deve à queda na PEA, mas ao crescimento do nível de ocupação. “Isso mostra que o emprego está em expansão no Grande ABC, ainda que de forma bem moderada. Prova disso é a redução do desemprego aberto”, explicou.

Loloian adverte, no entanto, que, mesmo com a evolução nos números, a PEA ainda é pequena no Grande ABC, o que resulta em uma baixa taxa de participação (percentual da população em idade ativa que está empregada ou à procura de trabalho), de 60,8%. Segundo o economista, isso significa que, caso haja expansão na atividade econômica, mesmo que acompanhada de evolução na ocupação, o nível de desemprego pode subir, devido ao retorno de pessoas à PEA motivadas pelo surgimento de novas vagas de trabalho.

Para os meses de novembro e dezembro, o economista da Fundação Seade prevê continuidade na redução do índice, favorecido principalmente pelo movimento sazonal de fim de ano. “Ainda há espaço para crescimento do emprego no comércio, já que o 13º salário ainda não foi pago, o que deve incentivar mais contratações no setor”, avalia.

RMSP – Na Região Metropolitana de São Paulo a taxa de desemprego total caiu pelo quinto mês consecutivo, de 15,3% em setembro para 14,5% no mês passado. Foi o menor nível para um mês de outubro desde 1996.

De acordo com o levantamento, 67 mil pessoas deixaram a situação de desemprego, o que reduziu o contingente de desocupados para 1,478 milhão. Esse desempenho resultou da geração de 94 mil vagas, número superior ao de pessoas que entraram na PEA da Grande São Paulo em outubro (27 mil). Também houve queda no índice de desemprego da Capital, de 17,6% para 16,9%.




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