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Powell estudará criação de fundo para a reconstrução do Iraque
Da AFP
16/07/2003 | 18:02
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O secretário de Estado americano Colin Powell mostrou-se aberto à idéia de um fundo internacional independente para o Iraque, assim como à revisão do mandato da ONU, para permitir a outros países também enviarem tropas.

Powell disse que o governo norte-americano considera uma proposta européia que colocaria esse dinheiro em mãos das Nações Unidas e do Banco Mundial, fora do controle direto dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, durante um encontro com jornalistas depois de uma reunião com o colega alemão Joschka Fischer.

"É algo que estamos considerando", declarou, em relação à proposta ONU-BM que foi apresentada nesta terça-feira pelo comissário das Relações Exteriores da União Européia, Chris Patten.

"Nos congratulamos de compartilhar a carga e estamos organizando conferências de doadores para o final do ano e nos comprazem as contribuições, qualquer que seja a forma em que venham", acrescentou.

No começo, o governo americano recebeu friamente a idéia e o porta-voz do Departamento de Estado Richard Boucher declarou nesta terça que o já existente programa petróleo por alimentos das Nações Unidas cumpre essa função.

Os EUA também esperavam contribuições mais sólidas ao esforço do pós-guerra no Iraque, particularmente para as forças de estabilização, num momento em que suas tropas enfrentam ataques quase diários de grupos leais a Saddam Hussein.

Ao contrário, o governo americano sofreu uma série de recusas, principalmente por parte de países como Alemanha, França e Índia.

Fischer disse que a posição da Alemanha não sofreu variações, mas se conhecesse melhor o plano americano de reconstrução do Iraque poderia estar mais que disposto a colaborar.

"Não integramos a coalizão, (mas) estamos dispostos a contribuir para melhorar a situação humanitária; nossa comunidade empresarial está pronta para desempenhar um papel na reconstrução se necessário", afirmou.

Powell admitiu que não havia falado com Fischer sobre uma contribuição específica da Alemanha.

Apesar das contínuas divergências entre Washington e Berlim sobre o Iraque, as duas nações estão muito mais próximas em relação ao Afeganistão, onde Alemanha e Holanda atualmente dirigem a Força internacional de Assistência à Segurança (ISAF, sigla em inglês).

A Alemanha manifestou a disposição de ampliar o mandato de seus militares, num total de 4,6 mil, pelo menos até o final de 2004, com a possibilidade de mobilização fora da capital Cabul para ajudar na reconstrução.

Fischer planeja reunir-se logo com o vice-presidente Dick Cheney e com a assessora de Segurança nacional da Casa Branca, Condoleezza Rice, assim como com congressistas americanos, antes de finalizar sua visita a Washington.




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