. O Kuwait estima que 600 de seus cidadaos desapareceram enquanto seu território esteve ocupado pelo Iraque (agosto de 1990-fevereiro de 1991). Bagdá reconhece que seu exército fez mais de 120 prisioneiros quando se retirou do Kuwait, mas afirma que perdeu seu rastro depois de uma insurreiçao xiita após a derrota iraquiana.

As atividades humanitárias da Onu continuaram normalmente nesta quinta-feira no Iraque, apesar de esta organizaçao internacional ter anunciado ontem que retiraria os americanos e os britânicos deste país, pois nao podia garantir sua segurança.

Bagdá advertiu que nao voltará a participar das reunioes do comitê sobre os desaparecidos, presidida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), enquanto Estados Unidos, Gra-Bretanha e França fizessem parte do mesmo.

``O ministério iraquiano das Relaçoes Exteriores informou ao CICV que decidiu nao participar mais das reunioes deste comitê, enquanto países árabes que nao têm problema de desaparecidos, como os Estados Unidos, Gra-Bretanha e França façam parte do mesmo', anunciou uma fonte autorizada da chancelaria.

Esta decisao foi tomada ``depois da agressao provocada pelos Estados Unidos e a Gra-Bretanha contra o Iraque' e ``as declaraçoes das autoridades americanas e britânicas' pedido a queda do regime iraquiano, continuou a fonte. No entanto, o Iraque sustentou que ``continuará seus esforços para obter informaçoes sobre o destino dos desaparecidos'.

Na semana passada, o Conselho de Segurança decidiu criar três comissoes destinadas a avaliar as relaçoes entre o Iraque e a Onu de forma global.

As três comissoes sobre desarmamento, a situaçao humanitária e a questao dos prisioneiros de guerra deveriam apresentar suas conclusoes ao Conselho de Segurança antes de 15 de abril.