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Relação com empregados é frágil
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
21/11/2009 | 07:00
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Falta oportunidade de participação aos trabalhadores do Brasil. Esta é uma das principais discussões abordadas no livro "Acredite: Há vida inteligente no chão de fábrica!", do autor Carlos Mina, que atua com relações trabalhistas há 30 anos.

Na publicação, o escritor enfoca a ausência de cooperação dos funcionários, não por vontade própria. "Na maioria das vezes o empregado é podado, as empresas não discutem planejamento e nem dão oportunidade de participação. Com isso, aumenta a desmotivação e insatisfação do trabalhador", destaca o autor.

Na opinião de Mina, para ter sucesso, uma companhia precisa aproximar o funcionário. "São três passos importantes na gestão de pessoas. Primeiro é preciso envolver o trabalhador no planejamento operacional, depois é preciso desenvolver bom processo de comunicação para que o empregado saiba em que grau estão os projetos da empresa. Por último, é preciso haver exposição das contrapartidas. Ou seja, mostrar ao funcionário o que ele ganha por se empenhar - seja reajuste salarial, abono ou participação nos lucros da empresa", detalha o autor.

Com experiência no ramo, Mina destaca que feitos com empenho, esses três passos resolvem 70% dos conflitos no ambiente de trabalho. "O empregado passa a atuar mais motivado e a empresa só tem a ganhar com isso. Os custos diminuem, cai o índice de retrabalho, aumenta a receita da empresa e gera inovação", comenta.

No livro, o escritor retrata a importância do trabalhador como instrumento fundamental de sucesso da companhia. "Eles são a peça fundamental e quando digo chão de fábrica, me refiro aos ‘peões' como costumam dizer. São eles a força de trabalho e ‘peão' não é o indivíduo sem estudo, é a base de qualquer empresa", afirma Mina.

O escritor também destaca a evolução da mão de obra brasileira. "Precisamos estar atentos para este problema, cada vez mais o indivíduo precisa estar preparado para assumir mais de uma função, de acompanhar a tecnologia. Caso contrário, em menos de dez anos não teremos funcionários habilitados a acompanhar a evolução tecnológica", destaca.

O autor, que lançou o livro no fim de outubro, realiza palestras na região com o objetivo de otimizar a relação entre os patrões e empregados. "Nas palestras eu destaco que nenhum dos dois lados evolui sozinho. É preciso haver cumplicidade para dar certo", finaliza.




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