No dia 17, nasceram no Zoológico de São Paulo dois micos-leões-pretos gêmeos. A espécie é considerada uma das mais ameaçadas do mundo - na natureza e em cativeiro, restam apenas mil animais. Ainda sem sexo definido - por serem muito novos -, os filhotes da fêmea Kinha, de cerca de 3 anos, e do macho Calixto, de 2, ainda não estão expostos ao público nem foram batizados.

Nativa de um tipo de floresta da Mata Atlântica, essa espécie é encontrada principalmente nas regiões Oeste e Sudoeste do Estado de São Paulo. A principal reserva, com 800 animais, fica no Morro do Diabo, no Pontal do Paranapanema. "O risco de a maioria deles ficar na região é que, se houver um grande incêndio, por exemplo, todos podem desaparecer", explica Roberto Vilela, biólogo do Setor de Mamíferos do Zoológico.

A raridade desses micos-leões se explica pela destruição de seu hábitat, o desmatamento e o tráfico de animais. "Eles são muito valorizados no exterior", conta Vilela. Após o nascimento, a amamentação foi feita por Kinha, sem interferência dos biólogos. "Queremos que tudo seja feito da forma mais natural possível", Nessa fase, o macho sempre acompanha a fêmea. Agora já com cerca de duas semanas, os filhotes também passaram a ser carregados pelo pai.