Além do futebol instável do Santo André contra o Coritiba, sábado à tarde, no Estádio Bruno Daniel, o técnico Sérgio Soares e o diretor executivo Carlito Arini elegeram um dos vilões do tropeço: o árbitro carioca Antônio de Carvalho Schneider, que assinalou pênalti discutível de Júlio César no centroavante Ariel. O lance polêmico aconteceu aos 45 do primeiro tempo. Foram três minutos de muitas reclamações ostensivas, especialmente do camisa um, que foi expulso.

Em seguida, Sérgio Soares precisou tirar imediatamente Rodrigão para que o goleiro Neneca pudesse entrar na hora do sufoco. Ainda no gramado, Júlio César, inconformado, jurava que se atirou aos pés de Ariel para se antecipar ao chute do argentino.

Durante a coletiva, Sérgio Soares repetia para quem quisesse ouvir de novo - como havia ocorrido nas entrevistas de campo - que até o quarto árbitro (espécie de mesário) nada tinha visto. "Ele me falou isso no instante em que viu o juiz marcar a falta inexistente. Não vou achar que aquilo justificaria nossa derrota da forma como vimos. Mas nos prejudicou. São coisas diferentes, mas que sempre atrapalham, principalmente no momento em que tínhamos condições de reagir", comentou o comandante, ao citar o segundo gol dos paranaenses.

Carlito Arini também não poupou críticas à atuação da arbitragem, que já havia cometido algumas falhas. Em uma das jogadas na linha divisória da grande área, Carvalho viu falta de Alê, que nem tocou em Ariel. No entanto, o atacante despencou no chão e, na cobrança, o Coritiba quase chegou lá.

"Serei bem coerente. Nem diria que o nosso goleiro pegou ou não no atacante deles (Ariel). Sabem por quê? Porque eu me encontrava longe daquelas imagens. Percebi que o juiz também estava distante do lance. Ele estava sempre longe de tudo. Então, como é que ele poderia ver se o pênalti existiu? Ele me parecia mal-intencionado. Acho que é isso", criticou Arini.